Goiânia, Anápolis e Aparecida aparecem em ranking dos 100 melhores municípios do Brasil

26 maio 2021 às 11h19

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Classificação foi realizada pela empresa de consultoria Macroplan; Goiânia aparece em 41º lugar, seguido de Anápolis, em 62º, e Aparecida de Goiânia, em 87º

Foi disponibilizado para consulta o ranking dos 100 melhores municípios do Brasil. A lista é resultado de uma análise feita pela empresa de consultoria Macroplan com base no IDGM, indicador sintético que estuda o desenvolvimento das áreas de educação, saúde, segurança, saneamento e sustentabilidade. Esse ano, Goiânia aparece em 41º lugar, seguido de Anápolis, em 62º, e Aparecida de Goiânia, em 87º.
De acordo com a empresa, a construção do IDGM segue metodologia semelhante à do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Para a análise, foram coletados dados de 2008 a 2019 do Censo Escolar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Inep, do DataSUS, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Capital goiana
No ranking geral, três municípios goianos marcaram presença. Goiânia, que está na 41ª melhor posição entre os 100 maiores municípios no Brasil, também aparece na lista alternativa fornecida pela empresa que classifica as capitais brasileiras, em 8º lugar. Na lista de capitais, ficam na frente da capital goiana: Curitiba (1º), Vitória (2º), Belo Horizonte (3º), São Paulo (4º), Florianópolis (5º), Palmas (6º) e Campo Grande (7º).
De acordo com o a classificação geral do Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM), a capital goiana perdeu 6 posições na década e subiu 2 posições na comparação com o último ano. Isso significa que, no último ano, Goiânia se encontrava em 43º, não em 41º. O IDGM 2021 de Goiânia se mantém em 0,667, tendo crescido 0,092 pontos desde 2009, quando obteve 0,575.
Entre as quatro áreas analisadas, o destaque de Goiânia foi em Saneamento e Sustentabilidade, onde ocupou a 21ª posição. Com o levantamento, a cidade demonstrou que 99,6% da população goianiense tem disso atendido por serviço de coleta de resíduos domiciliares. Em números, esse percentual é de mais de 1,5 milhão de pessoas. Também foi observado a porcentagem da população que é atendida por serviço de abastecimento de água (99,2%), de coleta de esgoto (92,7%), de tratamento de esgoto (73%) e a quantidade de água que é perdida no processo de distribuição (21,7%). Neste ranking, a cidade perdeu caiu posições na última década.
Nas outras áreas, as respectivas posições de Goiânia foram de 37º lugar em Saúde, 52º em Educação e 73º em Segurança. Na Saúde, zona em que a capital goiana decaiu 7 posições nos últimos dez anos, foram observadas a taxa de mortalidade infantil (12,2 a cada 1.000 nascidos vivos, sendo 250 óbitos infantis em 2019 e 53% das mortes por causas evitáveis), a proporção de nascidos vivos com sete ou mais consultas pré-natal (72,7%), a cobertura das equipes de atenção básica (61,9%), a taxa de mortalidade prematura por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que foi de 272,6 a cada 1.000 habitantes.
Em segurança, Goiânia desceu duas posições desde 2009. A cada 100 mil habitantes, a taxa de homicídios analisada foi de 28,8 (sendo 436 em 2019) e a de óbitos no trânsito marcou 15,2. Por tipo de veículo, o que mais registrou óbitos foram os ônibus, seguidos de motociclistas, automóveis e ciclistas, caminhões e, por último, pedestres.
A área da Educação foi a única que registrou aumento de posições para a capital (+ 13). Na Rede Pública, em 2019, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica para o Ensino Fundamental 1 foi de 6,0, mas a do Ensino Fundamental 2 só chegou até 5,4. O estudo ainda mostra que, neste ano, 23,2% das crianças de 0 a 3 anos foram matriculadas em creches e 92% entre 4 e 5 anos estavam inscritas na pré-escola.
Anápolis
Na classificação geral, o município se encontra no 62º lugar entre os 100 listados. O município chegou a perder 3 posições na última década e sendo 2 posições relativas ao último ano. Entre as quatro áreas analisadas, Anápolis teve sua melhor posição em Educação, onde subiu 33 posições e alcançou o 46º lugar. Seu Índice de Desenvolvimento da Educação Básica para o Ensino Fundamental 1, em 2019, foi de 6,3, enquanto o do Ensino Fundamental 2 esteve em 5,5. No mesmo ano, 19,2% das crianças de 0 a 3 anos estavam matriculadas em creches e 96% entre as que tinham 4 e 5 anos foram inscritas na pré-escola.
Em Saneamento e Sustentabilidade, o município anapolino se manteve em 47ª posição. As análises mostraram que 98,2% da população da cidade é atendida pelo serviço de coleta de resíduos domiciliares, enquanto 98,1% receberam abastecimento de água e 71,2% tiveram o esgoto coletado (mas apenas 66,6% do esgoto gerado em Anápolis foi tratado, em 2019). Nos últimos dez anos, o município subiu uma posição na classificação.
Na Saúde, a posição da cidade foi 81ª, tendo o município perdido 38 posições na última década. A cada 1.000 nascidos vivos, a taxa de mortalidade infantil de Anápolis em 2019 foi de 14,6 (sendo 89 mortes no ano e 68,5% delas por causas evitáveis). Também foi observada a proporção de nascidos vivos com sete ou mais consultas de pré-natal (65,9%), a cobertura das equipes de atenção básica em 2018 (62,9%) e a taxa de mortalidade prematura por Doenças Não Transmissíveis (324,1 a cada 100 mil habitantes; 626 em 2019).
Em dez anos, Anápolis ainda perdeu 15 posições na área de Segurança, o colocando em 87ª, em 2019. A cada 100 mil habitantes, a taxa de homicídios neste ano foi de 37,7 e a de óbitos no trânsito, 17,3.
Aparecida de Goiânia
Entre os 100 maiores municípios do Brasil no ranking do Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM), Aparecida de Goiânia aparece na 87ª melhor posição. O município ganhou 4 posições na década, mas perdeu 4 posições na comparação com o último ano. Entre as quatro áreas analisadas, Aparecida de Goiânia teve sua melhor posição em Saúde, onde ocupou o 73º lugar. A classificação nas outras áreas foram 77ª em Saneamento e Sustentabilidade, 89ª em Educação e 94ª em Segurança.
A área de Saneamento e Sustentabilidade foi a que o município mais cresceu na última década, tendo subido 21 posições. De acordo com o estudo, 100% da população da cidade é atendida pelo serviço de coleta de resíduos domiciliares, enquanto 76,5% receberam abastecimento de água e 41,1% tiveram o esgoto coletado (mas apenas 54% do esgoto gerado em Aparecida de Goiânia foi tratado, em 2019).
Ainda quanto à melhora de posição da cidade nos últimos dez anos, é possível citar a Educação, área em que cresceu 8 pontos. Seu Índice de Desenvolvimento da Educação Básica para o Ensino Fundamental 1, em 2019, foi de 5,6, enquanto o do Ensino Fundamental 2 esteve em 4,7. No mesmo ano, 11% das crianças de 0 a 3 anos estavam matriculadas em creches, mas apenas 67,6% das que tinham 4 e 5 anos foram inscritas na pré-escola.
Na Saúde, zona em que Aparecida de Goiânia decaiu 49 posições, foram observadas a taxa de mortalidade infantil (15,9 a cada 1.000 nascidos vivos, sendo 121 óbitos infantis em 2019 e 56,2% das mortes por causas evitáveis), a proporção de nascidos vivos com sete ou mais consultas pré-natal (68,9%), a cobertura das equipes de atenção básica (41,9%), a taxa de mortalidade prematura por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que foi de 262,7 a cada 1.000 habitantes.
Já em relação à Segurança, onde o município diminuiu 13 posições desde 2009, a taxa de homicídios de 2019 a cada 100 mil habitantes foi de 44,6 e a de óbitos no trânsito, 15,2.