Para senadora, ação da Polícia Federal que resultou na prisão de seu marido foi desproporcional e tinha como objetivo intimidar os que são contra impeachment

Manifestante vai até o Senado para se solidarizar com Gleisi: “Golpistas não nos calarão!” | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Depois de ter seu apartamento revistado pela Policia Federal durante a Operação Custo Brasil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-RS) acusou o órgão de tentar “humilhar publicamente” sua família. Segundo ela, a ação foi desproporcional e a cobertura midiática, exagerada. Gleisi afirmou ainda que a operação foi uma tentativa de intimidar aqueles que são contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
“É também a tentativa de abalar emocionalmente o trabalho crescente de um grupo de senadores e senadoras que discordam dos argumentos que hora vêm sendo usados para afastar uma presidente legitimamente eleita”, defendeu.
Gleisi utilizou a tribuna também para defender o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, um dos presos da operação, suspeito de participação em esquema para beneficiar a empresa Consist em contratos com o Ministério do Planejamento. Os valores da propinas chegariam a R$ 7,6 milhões.
Para a senadora, ele jamais admitiria desvio de dinheiro público e o processo foi um “despropósito do início ao sim”, já que ele não chegou a ser chamado a depor. A prisão preventiva de seu marido teria sido feita mesmo que, segundo ela, seu marido “não oferecia risco à ordem pública, à instrução processual e à aplicação da lei”.
No Senado, um grupo de manifestantes aguardou Gleisi para prestar solidariedade a ela. Uma das presentes carregava um cartaz com os dizeres “Golpistas não nos calarão”. Outros parlamentares que apoiam Dilma também apoiaram a senadora.
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