Em Goiânia, médico recusa-se a atender quem não vota no Bolsonaro
27 setembro 2018 às 15h04
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Ginecologista já tinha expulsado pacientes que eram contrários ao presidenciável
Em vídeo que circula na internet, gravado por um paciente, uma atendente do Hospital Vittá, em Goiânia, aparece informando a pacientes que o ginecologista não irá atender quem não vota no candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). A mulher aparece vestindo camiseta do candidato.
O Hospital Vittá informou que o ginecologista em questão era Cláudio Coelho. A atendente teria, a pedido do médico, pedido para que quem não vota no presidenciável nem entrasse na sala, porque o médico estaria estressado e já tinha, inclusive, expulsado pacientes por esse motivo.
Por telefone, o hospital não se posicionou e pediu que o Jornal Opção ligasse para o advogado de Cláudio. O jornal tentou entrar em contato com o defesa do ginecologista, mas o advogado não foi encontrado até a publicação desta matéria.
Passado
O ginecologista em questão, Cláudio Coelho, foi indiciado, em 2009, por lesão corporal. O médico teria retirado o útero de uma desempregada de 47 anos de idade sem autorização no Hospital Santa Lúcia, em Brasília. Cláudio foi condenado a doar cinco cestas básicas para uma instituição de caridade em Goiânia.
A irmã da paciente, que é técnica em enfermagem, teria identificado o erro. A mulher teria sido internada para uma operação no períneo, para tratar uma incontinência urinária. À época, o médico admitiu o erro e afirmou que houve uma troca de prontuários.
Confira vídeo que circula sobre o caso no Hospital Vittá: