Mesmo sondado, Gilvane Felipe nega migração para o PT e permanece no Cidadania
Redação
05 janeiro 2024 às 14h25
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Aline Bouhid e Italo Wolff
Postagem nas redes sociais curtida por Gilvane Felipe, ex-presidente do Cidadania, sobre seu futuro político lançou novamente a possibilidade do político se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em entrevista ao Jornal Opção, Gilvane Felipe diz que foi sondado pela sigla e que se sentiu lisonjeado, mas que permanecerá na militância do Cidadania.
“Na carta que assinei quando renunciei à presidência do Cidadania, escrevi que seguirei fazendo política como sempre fiz, de maneira ampla e visando sempre ao reforço da democracia”, diz Gilvane Felipe. “Não mudei de opinião. A minha perspectiva é aquela.” Na carta, o ex-presidente do partido escreveu: “O motivo é principalmente o meu total ceticismo diante da tática eleitoral até agora declarada pelo PSDB. À frente do Cidadania, sugerimos um outro caminho, bem mais virtuoso e promissor, de constituirmos uma aliança de centro-esquerda, apoiando a candidata do PT, Adriana Accorsi.”
O partido é o herdeiro do PPS. O Partido Popular Socialista. Legenda fundada após a queda do Muro de Berlim, ícone da guerra fria. O PPS inicialmente fez parte do Primeiro Governo Lula, apoiando o Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2004, no entanto, o PPS quebrou com Lula. Depois disso, começou a fazer parte da oposição ao PT. O PPS começou a se aproximar e fazer alianças com partidos de centro-direita, em especial o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e hoje são federados.
Confira trecho da postagem curtida pelo ex-dirigente do Cidadania e que fala sobre a atuação do mesmo: “ (…) Gilvane Felipe discorda da tática suicida do PSDB. (…) O dirigente aponta o que Marconi Perillo não vê. O presidente nacional do PSDB sonha, em vão, em atrair o eleitorado que assumiu o ethos da extrema direita. Um aceno sem a contrapartida do eleitor. Em Goiás e no País. (…) Não há espaço para uma suposta terceira via artificial. Como em 2018 e 2022. Veja: a repetição do caminho será a antessala da derrota. As eleições de 2024 e de 2026 estarão polarizadas. É a realidade, sim”.
