A presidência da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia para a próxima legislatura tem gerado muita movimentação nos bastidores. Gilsão Meu Povo (MDB) e Tatá Teixeira (UB), ambos vereadores da base do prefeito eleito Leandro Vilela (MDB) são os nomes cotados.

No entanto, Gilsão parece ser, no momento, o favorito para o cargo. Segundo o vereador eleito Felipe Cortez (PL), ao Jornal Opção, a figura de Gilsão tem se destacado como o nome capaz de unificar a oposição e garantir apoio para sua candidatura à presidência da Câmara Municipal.

Além disso, Cortez afirmou que o emedebista conta com o respaldo do vice-governador, Daniel Vilela (MDB), e do ex-prefeito Gustavo Mendanha (MDB). “Hoje, dos 15 vereadores que foram eleitos na oposição, 12 estão com ele”, afirmou Felipe, destacando a ampla base de apoio que Gilsão conseguiu formar.

O apoio ao candidato não vem apenas de sua chapa, mas também de outras siglas políticas, incluindo PL, PSDB, Agir e Mobiliza. “A oposição praticamente não existe mais por conta do Gilsão”, complementa. A união da oposição é vista como um trunfo estratégico, principalmente pelo fato de que Gilsão, além de ser o candidato mais votado, carrega consigo a experiência de cinco mandatos consecutivos.

Para Cortez, a prioridade é colocar a cidade de Aparecida em primeiro lugar. “O que está em jogo aqui é a cidade de Aparecida, então temos que abrir mão das vaidades e entender o que é melhor para a cidade”, afirmou.

Em contraste, Tatá Teixeira aparece como uma figura articuladora. No entanto, o cenário de unidade em torno de Gilsão e o apoio majoritário dos vereadores de oposição eleitos, segundo Cortez, fortalecem sua posição como futuro presidente da Câmara.

Ainda conforme Felipe, para aqueles que antes estavam na oposição, a adesão a Gilsão não é apenas uma questão política, mas de confiança. “Eu recuei da minha candidatura à presidência, sendo o nome favorito da oposição, porque entendi que o Gilson é esse elo que une todo mundo em prol de Aparecida”, declarou.

Questionado se Tatá estaria isolado por conta disso, Cortez respondeu que não sabe se isso acontece. “Eu não estive com o Tatá, nunca sentei com ele para conversar depois das eleições”, declarou, destacando que, embora Tatá tenha tentado fazer contato por meio de mensagens e interlocutores, ele mesmo não se mostrou interessado em se reunir.

“Ele mandou mensagem para mim, mandou interlocutor para conversar comigo, mas, de fato, não tenho esse interesse”, disse. Cortez reconheceu que, embora a posição de vereador seja crucial como fiscal da cidade, é necessário manter uma boa relação com a Prefeitura para que o trabalho político seja eficaz.

“Eu sei que se fosse a gente aqui da oposição [candidato à presidência], é muito difícil dar certo, por conta que o vereador, por mais que ele é o fiscal da cidade, ele precisa ter uma boa interlocução com a Prefeitura”, afirmou.

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