Gestão Iris gasta R$ 1,8 mi com consultoria sem necessidade, diz vereadora
26 setembro 2017 às 16h05

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Cristina Lopes (PSDB) afirmou que prefeitura tem servidores capacitados para propor Reforma Previdenciária e não precisava fazer esse gasto
A vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB) subiu à tribuna nesta terça-feira (26/9) para questionar a Prefeitura de Goiânia sobre o porquê de, mesmo tendo servidores capacitados para o serviço, o Paço gastou R$ 1,8 milhões para contratar uma empresa para fazer um projeto de Reforma Previdenciária no município.
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O contrato, firmado entre o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Goiânia (IPSM) e o Instituto Brasileiro de Estudos em Finanças e Administração Pública (Ibfab), prevê a prestação de “serviços técnicos especializados”. Segundo o documento, o objetivo é fazer uma reforma que “traga sustentabilidade e adaptabilidade das condições patrimonial, orçamentária, financeira e fiscal do município”.
Cristina questionou a Controladoria-Geral sobre o porquê de não encarregar os próprios servidores municipais desse trabalho. “Temos funcionários de carreira que estão dentro do processo e é uma questão de interesse dos próprios servidores, então você tem a garantia de que vai ser feito um bom levantamento, por que que vai se gastar R$ 1,8 milhões contratando uma empresa de fora?”, questionou ela.
O gasto é considerado especialmente problemático inclusive porque a própria prefeitura alega grave dificuldade financeira e, até agora, sequer pagou a data base dos servidores. Para a vereadora, o município tem áreas em que a quantia seria melhor gasta: “É incompreensível, ainda mais em um momento como esse em que estamos vivendo uma crise real no sistema de saúde e temos CMEIs com problemas de funcionamento.”
Lembrando que os problemas de solvência da Previdência existem e foram identificados ainda na gestão passado, mas não convém contratar uma empresa de fora para o serviço. “Nós temos servidores que têm interesse em fazer o melhor trabalho e dar a melhor solução. Qual será a solução apontada pela prefeitura eu não sei, mas eu defendo a participação do servidor dentro desse processo”, pontuou a tucana.