Freiras da Cannabis chegam no Brasil para expandir negócios e fortalecer ativismo

31 agosto 2025 às 18h30

COMPARTILHAR
Elas se vestem como irmãs católicas, mas não pertencem a uma ordem religiosa. Conhecidas como Freiras da Cannabis (Sisters of the Valley), combinam espiritualidade monástica com ativismo pela legalização da maconha e empreendedorismo feminino.
Sister Kate iniciou o cultivo em Merced, no Vale Central da Califórnia. Com o tempo, o pequeno negócio cresceu e virou referência internacional em cannabis medicinal. Além disso, o grupo expandiu vendas por meio de parcerias estratégicas, incluindo a mais recente com a ONG brasileira Pangeia, que reúne pessoas pretas, indígenas e periféricas. Essa parceria vai distribuir pomadas e óleos medicinais de CBD (canabidiol) produzidos pelas freiras.
Em solo brasileiro
No ano de 2025, o grupo desembarcou pela segunda vez no Brasil. Em abril, participou de workshops; já em agosto, apresentou palestra na Expo Head Grow, em São Paulo. O evento reuniu 130 marcas expositoras e cerca de 17 mil visitantes. “Já exportamos nosso CBD para praticamente todos os países do mundo”, afirmou Sister Camila, mexicana e especialista em negócios do grupo.
Apesar do sucesso internacional, as freiras enfrentam desafios legais nos Estados Unidos. As regulamentações criam burocracias onerosas que dificultam pequenos negócios. Por isso, o grupo decidiu expandir sua atuação globalmente e atuar fora do fluxo das normas.
No domingo, 31 de agosto, as Freiras da Cannabis ministram um curso em Campinas (SP). O evento será presencial ou online, das 13h às 16h20. Além disso, os participantes receberão certificado, que pode ser anexado a pedidos de Habeas Corpus. O documento comprova conhecimento técnico para uso próprio e seguro da cannabis medicinal.
Leia também
Vereador propõe criação de Centro de Tratamento de Cannabis Medicinal
Aplicação indevida de medicamento por casal da saúde causou morte em aborto clandestino em Ceres