Elas se vestem como irmãs católicas, mas não pertencem a uma ordem religiosa. Conhecidas como Freiras da Cannabis (Sisters of the Valley), combinam espiritualidade monástica com ativismo pela legalização da maconha e empreendedorismo feminino.

Sister Kate iniciou o cultivo em Merced, no Vale Central da Califórnia. Com o tempo, o pequeno negócio cresceu e virou referência internacional em cannabis medicinal. Além disso, o grupo expandiu vendas por meio de parcerias estratégicas, incluindo a mais recente com a ONG brasileira Pangeia, que reúne pessoas pretas, indígenas e periféricas. Essa parceria vai distribuir pomadas e óleos medicinais de CBD (canabidiol) produzidos pelas freiras.

Em solo brasileiro

No ano de 2025, o grupo desembarcou pela segunda vez no Brasil. Em abril, participou de workshops; já em agosto, apresentou palestra na Expo Head Grow, em São Paulo. O evento reuniu 130 marcas expositoras e cerca de 17 mil visitantes. “Já exportamos nosso CBD para praticamente todos os países do mundo”, afirmou Sister Camila, mexicana e especialista em negócios do grupo.

Apesar do sucesso internacional, as freiras enfrentam desafios legais nos Estados Unidos. As regulamentações criam burocracias onerosas que dificultam pequenos negócios. Por isso, o grupo decidiu expandir sua atuação globalmente e atuar fora do fluxo das normas.

No domingo, 31 de agosto, as Freiras da Cannabis ministram um curso em Campinas (SP). O evento será presencial ou online, das 13h às 16h20. Além disso, os participantes receberão certificado, que pode ser anexado a pedidos de Habeas Corpus. O documento comprova conhecimento técnico para uso próprio e seguro da cannabis medicinal.

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