Relatório aponta que benefício era pago a pessoas que não atendem exigências, como funcionários públicos, pessoas com casa própria e até carro de luxo

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Relatório de auditoria feita pela Controladoria-geral da União (CGU) nos benefícios do programa social Bolsa Família revelou fortes indícios de fraude em 340 mil cadastros. Segundo o documento, o governo federal pagou cerca de R$ 1,3 bilhão a pessoas que não tinham direito ao benefício. 

A investigação aponta que destes cadastros com indícios de fraudes, haviam funcionários públicos recebendo o benefício, bem como famílias com casa própria e até carro de luxo. A CGU afirma que aqueles que receberam dinheiro indevidamente estão sendo localizados.

O mesmo documento também será enviado ao ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela gestão do programa.

O Bolsa Família foi criado em 2003 para atender famílias em condições de extrema pobreza. Tem direito ao benefício a família que tem renda de R$ 170 por pessoa. Algumas famílias apontadas na fiscalização da CGU tinham renda de mais de R$ 1.900 por pessoa.

Se comprovado as falsas declarações de informação de renda no momento do cadastro, as possíveis sanções legais implicam em devolução do valor recebido, impossibilidade de retornar ao programa por um ano, além de responsabilização criminal.