“Os dados ainda são limitados, pois a doença é nova. Sabemos que o vírus tem, sim, influência no aumento da coagulação. Mas não sabemos exatamente qual”, explica cardiologista

Reprodução

Especialistas holandeses e americanos seguem empenhados em entender melhor o comportamento do novo coronavírus no organismo humano. Pesquisas recentes tem apontado, de maneira cada vez mais recorrente, para uma possível formação de coágulos e tromboses em pacientes mais graves da doença.

“Os dados ainda são limitados, pois a doença é nova. Sabemos que o vírus tem, sim, influência no aumento da coagulação. Mas não sabemos exatamente qual”, disse o cardiologista do Hospital Albert Einstein, Pedro Silvio Farsky, ao VivaBem da UOL.

A reportagem destaca ainda que, como o vírus se concentra nos pulmões, a primeira frente de batalha a sofrer com os coágulos é justamente o órgão. Eles, por sua vez, apresentam hemorragia na microcirculação pulmonar associados com microtrombos. “Mas, uma vez iniciada, a reação se torna sistêmica, podendo atingir outras partes do corpo”, destaca o especialista.

Até que existam levantamentos mais concretos a respeito do comportamento da doença no corpo humano, os médicos seguem administrando uma dose profilática de anticoagulante nos pacientes que seguem para internação.

Os médicos sabem que a internação aumenta as chances da formação de trombos, por isso o procedimento é adotado pela equipe. “É um consenso médico aplicado há anos”, diz o hematologista da Beneficência Portuguesa de São Pauolo, Breno Gusmão.

Segundo ele, a grande questão que se encontra no centro do debate atualmente é se essa dose aplicada em pacientes diagnosticados com a Covid-19 deve ser aumentada ou não. (Com informações da VivaBem da UOL).