Uma das linhas de investigação seria uma disputa por clientes de Hans com outro advogado na região de Aruanã. Outra possibilidade seria encomenda de crime partida da CPP por parte de facções criminosas

Edemundo Dias | Foto: Jornal Opção

Força-tarefa multidisciplinar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Goiás irá investigar caso do advogado executado em Aruanã. Hans Brasiel da Silva Chaves, de 31 anos, foi encontrado morto na última quinta-feira, 6, em seu escritório no município do noroeste do Estado. A polícia prendeu um homem e um menor, indígena, que teriam confessado o assassinato.

A força-tarefa, presidida pelo presidente da comissão de segurança pública e políticas criminais da OAB-GO, Edemundo Dias, solicitou audiência, na próxima segunda-feira, 10, com diretor-geral da Polícia Civil de Goiás, Odair José, para tentar esclarecer as causas e circunstâncias que envolvem a morte do advogado.

Em depoimento gravado pela Polícia Militar, um dos suspeitos confessa ter encomendado a morte de Hans ao menor indígena. Segundo ele, o advogado recebeu R$ 7 mil para tirá-lo da Casa de Prisão Provisória (CPP), no entanto, Hans não teria cumprido “o acordo”, com isso o suspeito resolveu matá-lo.

Edemundo Dias, no entanto, afirma que há controvérsias quanto à motivação do assassinato. Uma delas seria uma disputa por clientes de Hans com outro advogado na região de Aruanã. Outra possibilidade seria encomenda de crime partida da CPP por parte de facções criminosas.

“A polícia agiu rápido, damos os parabéns”, diz Edemundo. “No entanto, precisamos dar uma resposta fidedigna aos familiares de Hans. 

“Não podemos banalizar a morte de advogados em Goiás e no Brasil”, salienta. Por isso, a formação da força-tarefa da OAB. Ela pretende investigar casos de violência contra advogados no exercício da função. A equipe é formada por presidentes das comissões de segurança pública e políticas criminais, Direitos Humanos, Direito Criminal, Especial do Sistema Prisional e de Prerrogativa.