“Foco vai ser valorização do servidor”, diz Urzêda ao assumir gestão de presídios em Goiás
15 janeiro 2019 às 16h20

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Novo gestor da DGAP é ex-comandante da Rotam, do Bope e do Comando de Operações Especiais

Ao assumir o comando da Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o coronel da Polícia Militar, Wellington de Urzêda Mota, revelou que fará uma gestão voltada para o servidor público, focada na ressocialização dos detentos e que vai lutar por uma reforma da Lei de execução penal.
“O principal mote da minha gestão será a valorização da engrenagem do sistema, que no caso são os servidores. Se eles trabalharem motivados, com o sentimento que são valorizados, o sistema flui”, disse Urzêda. Ele também garantiu que tomará as medidas cabíveis para promover a ressocialização dos detentos.
“O sistema precisa dar a oportunidade ao recluso de voltar à sociedade e reconstruir sua vida de uma maneira digna. Mas isso demanda tempo e recurso, além de uma mudança estrutural na Lei. Afinal, aqui no Brasil, o preso não é obrigada a trabalhar, a estudar e nem a fazer nenhum tipo de atividade”, falou o coronel.
Temporários e déficit no efetivo
Neste mês de janeiro, mais de 800 agente penitenciários não terão os contratos renovados, conforme afirmou o governo de Goiás. Mas Urzêda garante, que há um banco com mais de 7 mil pessoas cadastradas, que serão chamadas para trabalhar, no regime temporário. “Ontem mesmo, convocamos 500 pessoas que já começaram um curso de 15 dias e quando estiverem aptos vão substituir os servidores temporários que não puderam ser recontratados por conta da Lei”, explixou.
Urzêda afirmou que há previsão de um concurso para preencher 500 vagas de agentes peniteênciparios ainda neste primeiro semestre. “Já conversei com o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, e fiz o pedido com urgência de um concurso para provimento dessas vagas”, anunciou.
Salários atrasados
Sobre a polêmica do atraso do pagamento da folha de dezembro e da determinação da Justiça para que o Governo pague os salários atrasados dos servidores do sistema prisional de Goiás, Urzêda disse que não está participando dessa negociação, mas que garante que o Governo de Goiás não é caloteiro. “O governador Caiado está fazendo de tudo para resolver esse, que hoje é o principal problema do seu mandato, e com certeza isso será resolvido o mais breve possível”, destacou o militar.
Urzêda ainda garantiu que vai promover açoes para melhorar a estrutura física do sistema prisional, que de acordo com ele, hoje está caótico. Ele cita como exemplo, a Penitenciária Odenir Guimarãres, que precisa urgentemente passar por uma reconstrução. “Assim que o governador tiver condições ele vai construir mais presídios e melhorar essa situação. Mas, como eu disse, isso demanda tempo, nao se muda numa semana, um sistema que está falido há décadas”, finalizou.