O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu neste sábado, 22, à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro com uma transmissão de mais de uma hora nas redes sociais, na qual voltou a acusar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de “perseguição política”. Sem apresentar evidências, o parlamentar classificou a decisão como “absurda”, afirmou que não há fundamentos jurídicos e disse que o magistrado estaria “criminalizando” um ato religioso convocado por ele para esta noite.

Flávio alegou que a vigília marcada para às 19h, em frente ao condomínio onde o ex-presidente reside em Brasília, teria caráter exclusivamente espiritual, afirmando que o chamamento não representa risco de fuga ou obstrução da fiscalização da tornozeleira eletrônica. O senador disse que a decisão de Moraes viola “direitos constitucionais de reunião e liberdade religiosa”.

Durante a live, o filho mais velho do ex-presidente retomou críticas já recorrentes entre aliados, como contestações à condenação de Bolsonaro na AP 2668 e à delação do tenente-coronel Mauro Cid. Também afirmou temer pela saúde do pai e disse que “se algo acontecer” com o ex-presidente na custódia da Polícia Federal, a responsabilidade será do ministro do STF — acusação igualmente sem comprovação.

A transmissão encerrou com uma oração e com novo convite para a vigília desta noite. A decisão do STF, no entanto, aponta que a convocação e o tom adotado por Flávio nas redes reforçam o risco de tumulto e a possibilidade de descumprimento das medidas cautelares impostas ao ex-presidente, justificando a substituição da prisão domiciliar pela preventiva.

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