Indicadores do InfoDengue apontam que há tendência de expansão da dengue em parte de São Paulo, Palmas, Distrito Federal, Bahia, Santa Catarina e do Ceará. Só neste início de ano foram 596 casos confirmados da doença em Goiânia

Goiânia é uma das cidades que encontram-se atualmente em situação de atenção quanto à incidência de casos de dengue, segundo as fundações Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Getulio Vargas (FGV). Além da Capital de Goiás, os indicadores do InfoDengue, sistema de monitoramento de arboviroses desenvolvido por pesquisadores das duas instituições, apontam que há tendência de expansão da atividade da dengue em parte de São Paulo, Palmas, Distrito Federal, Bahia, Santa Catarina e do Ceará.
“Desde o início da pandemia vimos uma redução acentuada nos casos de dengue em Goiânia, mas no final do ano passado houve um aumento considerável e preocupante. O ano de 2021 fechou com 11.173 notificações e um óbito. Temos que evitar que esses números continuem crescendo, para isso, precisamos da cooperação de todos”, alerta o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso. Apenas neste início de ano foram 596 casos confirmados da doença em Goiânia. No Estado, o número alcança a casa dos 11 mil casos e já houve uma morte confirmada.
A alta no número de diagnósticos a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) retomar a fiscalização nos imóveis fechados ou abandonados. Esta semana a prefeitura fez nova vistoria em um imóvel não habitado, dessa vez, no Setor Vila Nova. Só na primeira quinzena de dezembro do ano passado agentes da Vigilância Sanitária abriram 103 imóveis nos setores Marista, Bueno, Oeste, Sul, Jardim América, Parque Amazônia, Pedro Ludovico, Vila Redenção e Jardim Goiás. Na ocasião, foram encontrados 194 focos do mosquito Aedes em 53 propriedades.
O cenário apresentado pelo monitoramento da FioCruz e atestado pela Prefeitura de Goiânia indica a importância de observar o comportamento do mosquito Aedes aegypti e manter o controle, para evitar os focos da dengue e combater o vetor. “A antecipação do período de transmissão em alguns estados traz preocupação e pode levar a incidências altas, se não for feito o controle adequado dos vetores”, afirmou a pesquisadora e coordenadora do InfoDengue, Cláudia Codeço.
Períodos chuvosos atrelados ao calor são favoráveis à proliferação do Aedes aegypti, que é também transmissor do vírus da zika e chikungunya. Segundo a Fiocruz, há relatos de epidemias de dengue no Brasil desde 1846, mas foi em 1986 que a doença reemergiu e rapidamente se espalhou pelo país, tornando-se motivo de preocupação e alerta constante para a saúde pública.
*Com informações da Agência Brasil
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