Acordo é fruto de uma série de concessões que o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, teve que fazer ao presidente da República

Há um dia da assinatura da sua ficha de filiação ao PL, o partido deve ser o destino do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e de seus aliados. Evento de filiação está marcado para amanhã, 30, às 10h30, em Brasília.

A data está mantida pelo presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, após o partido dar “carta branca” para Bolsonaro negociar e definir as suas candidaturas estratégicas, como é a do ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para o governo de São Paulo e no Estado de Goiás, a candidatura do deputado federal Vitor Hugo (PSL) e de outros nomes que integram o nucleo forte de Bolsonaro.

A filiação de Bolsonaro ao PL deveria ter ocorrido no último dia 22, mas foi adiada de comum acordo entre as partes por causa de indefinições sobre a composição dos palanques estaduais nas eleições do ano que vem. A principal demanda de Bolsonaro é garantir uma candidatura própria do partido ao governo de São Paulo. No estado, no entanto, o PL se encaminhava para apoiar a candidatura do atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB).

Após aparar essas arestas, a filiação de Bolsonaro foi acertada. É resultado de uma reunião de Valdemar com o Presidente da República na última semana, no Palácio do Planalto e, após as soluções de contratempos regionais encaminhadas, Costa Neto acertou os últimos detalhes para o embarque de Bolsonaro e seus seguidores ao PL, em clima de “unidade”.

Vitor Hugo é prioridade

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O deputado tem ambição de concorrer ao Palácio das Esmeraldas, mas deve seguir a decisão de Bolsonaro, que o quer na lista de prioridades da sigla. Sua ficha de filiação ao PL deve ser abonada somente na janela de 2022, em abril, quando termina o prazo de mudança partidária. O deputado, no entanto, enfrenta uma resistência dentro do PL goiano, que pretende apoiar a candidatura do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido).

Ele já adiantou ao Jornal Opção que não pretende deixar a sigla antes da hora, para aproveitar a fusão do Democratas com o PSL, que ainda não foi homologada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém está na lista de prioridades de Bolsonaro para concorrer ao Governo Estadual.

Além de Vitor Hugo e Tarcísio Freitas, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (hoje no Novo), está entre os nos prioritários. Ele deve concorrer ao Senado Federal, por São Paulo; o último nome explícito na lista de prioridades de Bolsonaro é do ministro do Turismo, João Roma, que deve concorrer ao Governo da Bahia. (Com informações da CNN Brasil)