Filho do presidente da Alerj é alvo de operação da PF no Rio de Janeiro
14 novembro 2017 às 08h35
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Empresário do setor de transporte coletivo Jacob Barata, e ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira, também são alvos de mandados de prisão
A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (14/11) mandados de prisão contra Felipe Picciani, filho do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), contra o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como “Rei do Ônibus” e contra Lélis Teixeira, ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).
As diligências, que também incluem cumprimento de 35 mandados de busca e apreensão, são todas desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Os pedidos são da segunda instância da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Jorge Picciani também é alvo da operação. A Justiça determinou buscas no gabinete do presidente da Assembleia e o deputado deve ser levado coercitivamente para prestar depoimento na sede da PF.
Segundo informações, buscas também são realizadas na empresa Agrobilara, em Uberaba (MG), que pertence à família Picciani. Felipe comanda o negócio, que tem como sócios o pai, Jorge Picciani, e os irmãos Leonardo Picciani, deputado federal licenciado e ministro do Esporte, e Rafael Picciani, deputado estadual, todos do PMDB.
Outro político alvo de mandado de condução coercitiva é o líder do PMDB na Alerj, Edson Albertassi. Barata e Teixeira chegaram a ser presos no final de julho, pela Operação Ponto Final, mas foram liberados em agosto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Operação Cadeia Velha, uma referência ao prédio histórico da Alerj, é um desdobramento da Lava Jato no Rio e foi desencadeada a partir da Operação Ponto Final, que investiga desvios de verba no transporte público do estado e que contava com a atuação de políticos do estado.
Segundo o Ministério Público Federal, a investigação apura o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A investigação durou seis meses e contou com quebras de sigilo bancário, telefônico e telemático, acordos de leniência e de colaboração premiada, além de provas obtidas a partir das Operações Calicute, Eficiência, Descontrole, Quinto do Ouro e Ponto Final.