Filho de Bolsonaro age com sensatez, mas radicalismo impede seguidores de entendê-lo
05 agosto 2017 às 18h04

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Eduardo Bolsonaro usou as redes sociais para justificar seu voto em favor da denúncia contra Temer e fez uma comparação inteligente

Acusada de extremismo e intolerância, a família Bolsonaro agiu de forma coerente durante a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) nesta semana.
Tanto o pai, Jair Bolsonaro (Sem partido-RJ), quanto o filho, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), votaram pela rejeição do relatório que impedia a investigação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com isso, os dois estiveram “do mesmo lado” que deputados do PT, PSOL e PCdoB — partidos de esquerda, algozes dos Bolsonaro. O fato não passou despercebido pelos fãs e eleitores, que têm criticado e até os atacado nas redes sociais.
Na última sexta-feira (5/8), Eduardo Bolsonaro usou o Twitter para se explicar e usou uma comparação simples e, inegavelmente, justa sobre os argumentos que os defensores de Temer usaram para impedir a abertura de inquérito no Supremo.
“E se a investigação contra Lula fosse ruim p/ economia/governabilidade? Vcs seguiriam contra a investigação?2 pesos,2 medidas?Kd a isonomia?”, questionou.
De fato, pai e filho têm insistido na prisão e são críticos fervorosos do ex-presidente Lula (PT). Não obstante defendem a Operação Lava Jato e exaltam o juiz Sérgio Moro, que condenou o petista a prisão.
Ora, é evidente que, embora não queiram, em absoluto, a volta de Lula, não podem fechar os olhos para o teor da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusa Temer de corrupção passiva. Portanto, nada mais justo que, mesmo que seja “ruim” para a economia e crie mais instabilidade, abra-se uma investigação contra o atual presidente.
Contudo, o óbvio ululante não conseguiu convencer os seguidores do parlamentar por São Paulo. Nas respostas ao tuíte, é possível ver o nível de extremismo e radicalismo que alguns pregam.
Veja abaixo: