Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental é o maior festival de cinema ambiental da América Latina. Evento segue até o domingo (25)
A 19ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) começa nesta terça-feira (20/6), na Cidade de Goiás, e vai até o dia 25 de junho. Durante o festival, o público poderá participar gratuitamente de uma série de oficinas, acompanhar a exibição de dezenas de filmes e participar da extensa agenda cultural que reúne os mais variados estilos musicais.
Realizado pelo governo de Goiás, o Fica é o maior festival de cinema ambiental da América Latina. A programação terá oito mostras de cinema com mais de 100 filmes, sendo que 25 deles competirão por uma premiação de R$ 280 mil na mostra oficial.
Dentre esses filmes, dez são brasileiros, com quatro goianos entre os representantes nacionais.
Confira a lista e a sinopse dos filmes nacionais:
FILMES GOIANOS
– Algo do que Fica (foto acima) (2017, Dir. Benedito Ferreira, Ficção, 23 minutos)
Avó e neta estão de mudança da casa onde vivem no centro de Goiânia, ao lado do lote do acidente do Césio 137. Em breve a casa será demolida para a construção de um museu. Enquanto isso, uma estranha presença orbita pela casa.
– Da Margem do Rio o Mar (2017, Dir. Rei Souza, Documentário, 13 minutos)
Breve filme ensaio sobre a beira da rua.
– Real Conquista (2017, Dir. Fabiana Assis, Documentário, 15 minutos)
Em Goiânia, no bairro Real Conquista, uma mulher, marcada por um forte passado de violência, luta por melhores condições de vida.
– Terra e Luz [Earth and Light] (2016, Dir. Renné França, Ficção, 73 minutos)
Em um futuro próximo, o ser humano foi praticamente dizimado por criaturas que se assemelham a vampiros. Neste mundo em que a noite é mortal, um homem tenta sobreviver a qualquer custo, ao mesmo tempo em que tem a chance de recuperar sua própria humanidade.
FILMES BRASILEIROS (NÃO GOIANOS)
– Subsolos [Underground] (2015, PERNAMBUCO, Dir. Simone Cortezão, Ficção, 31 minutos)
“Subsolos” conta a história de um solitário porteiro de uma mineradora que vaga entre funções e oportunidades de trabalho dentro da indústria, e uma mulher que mora na fronteira de uma cava de mineração. Por causa do crescimento da cava, Rita é a última moradora que resiste ao fim do bairro e sobrevive em meio às ruínas. Rômulo, perdido entre grandes paisagens entrópicas e produtivas, decide seguir com o minério rumo a outro continente.
– Tarja Preta [Black Label] (2015, PERNAMBUCO, Dir. Márcio Farias, Documentário, 24 minutos)
“Tarja Preta” é um curta- documentário sobre uma pequena cidade do interior do Brasil, Itacuruba. Descobriu-se que se trata da cidade com o maior número percentual de pessoas que sofrem de depressão no País. Este projeto tenta através dos moradores, apresentar todas as ligações entre eles, sua cidade e seus medicamentos, para assim compreender melhor o que se passa lá e o que fez esta cidade ficar assim.
– Em Torno do Sol [Around the Sun] (2016, RIO GRANDE DO NORTE, Dir. Julio Castro e Vlamir Cruz, Ficção, 12 minutos)
Em 1989 uma intensa tempestade solar causou o histórico blackout que assolou o Canadá e arredores. Muito Tempo depois o aumento das interferências solares tornou os equipamentos eletrônicos itens obsoletos… o uso de eletricidade é raro na Terra. Obsolescência programada, dependência de energia… convivendo com as escolhas tortuosas dos seus antepassados, Senhor X busca novas possibilidades.
– Martírio (2016, PERNAMBUCO, Dir. Vincent Carelli, com co-direção de Tita e Ernesto de Carvalho, Documentário, 162 minutos)
A grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá através das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio.
– Contagem Regressiva (2016, RIO DE JANEIRO, Dir. Luis Carlos de Alencar, Documentário, 92 minutos)
A cidade do Rio de Janeiro foi dilacerada pela realização dos megaeventos. Durante a preparação para os Jogos Olímpicos, toda a já histórica tradição de violência de Estado e terrorismo racial se intensificou na cidade maravilhosa.
– Ninguém Nasce no Paraíso (2015, DISTRITO FEDERAL, Dir. Alan Schvarsberg, Documentário, 25 minutos)
No paraíso da ilha de Fernando de Noronha espécies em extinção, como a tartaruga marinha, encontram políticas de preservação. Já a espécie humana encontra-se em risco de extinção diante da proibição de nascimentos na ilha, quando as gestantes são expulsas aos 7 meses de gravidez.
Programação musical
Tão tradicional quanto o cinema e meio ambiente, a cidade de Goiás também ecoa música por seus becos durante os dias do Fica. Nesta 19ª edição, a programação inclui os mais variados estilos.
Após a abertura oficial na terça-feira, com a exibição do filme Caminho do Mar, o público será recebido na porta do teatro com um sarau do solista Hudson Aires e da pianista Consuelo Quireze, com arranjos de Fernando Passos Cupertino.
Na quarta-feira os músicos Pedro Braga e Luiz Chaffin apresentam o show instrumental Com a corda toda na Igreja São Francisco. Na mesma noite, o Palácio Conde dos Arcos recebe dois shows: às 20h30, a Banda Terra Cabula apresenta o espetáculo Clarão e às 21h15 é a música do grupo Sr. Blan Chu que ocupa o palco do festival.
Quinta-feira (22), o grupo Ucelli apresenta o Canto Medieval na Igreja São Francisco. O Palácio Conde dos Arcos recebe a MPB do jovem cantor Bruno Morenno no show Encalço e às 21h15 o veterano Valter Mustafé apresenta o show Valter Mustafé MPBlues.
A sexta-feira (23) se abre para a inusitada mistura de viola caipira com baixo elétrico de Pedro Vaz e Jefferson Amorim. Ainda na noite, no Palácio Conde dos Arcos, o cantor Nilton Rabelo canta seus maiores sucessos. Logo em seguida, a cantora Bruna Mendez apresenta o show O Mesmo Mar que Nega a Terra Cede à Sua Calma.
No sábado (24) o Palácio Conde dos Arcos recebe três shows de artistas goianos. O primeiro é Laércio Correntina com o espetáculo Esteta, o músico TonZêra apresenta o show A ideia do novo não para e o rock incendeia festival com o show Destemperado, que mostra o sabor da cozinha da banda Jukebox From Hell.
Encerrando a programação musical do Fica 2017, no dominno (25) Hamilton de Holanda e Diogo Nogueira apresentam o aguardado show Bossa Negra, mas antes disso ainda dá para ter mais uma mostra da MPB goiana com o show do cantor Pádua, no show Molho Pardo, na Praça de Eventos Beira Rio.
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