Quem conheceu Fernando Parrode diz a mesma coisa: era um arquiteto e urbanista de primeira linha e um homem sofisticado e, ao mesmo tempo, de uma gentileza e generosidade únicas. Os amigos sustentam: “Era uma pessoa de bem com a vida, sintonizada com a sociedade. Era de uma nobreza rara”. É uma síntese do que afirmam aqueles que conheceram e conviveram com um indivíduo que, aos 63 anos, parecia muito mais jovem. Ele tinha “alma”, afiançam os amigos, e tinha “temperamento de artista”.

Na quarta-feira, 15, Fernando Parrode foi encontrado morto, no seu apartamento, em Goiânia. O arquiteto e urbanista, filho de Lya Anderson Parrode e José Parrode Primo, deixa duas irmãs — Ana Cristina e Ana Cláudia.

Nesta semana, Fernando Parrode não compareceu ao trabalho — era gerente de Áreas Vulneráveis da Secretaria da Retomada do governo do Estado de Goiás — e, por isso, os colegas decidiram acionar sua família. Ele pode ter falecido no final de semana.

Paulista, Fernando Parrode morava em Goiás desde os 8 anos de idade. Quando recebeu o título de cidadão goiano, em 2018, ele disse: “Como urbanista tenho compromisso com o Estado, com a cidade que me acolheu”. O arquiteto e urbanista se formou pela PUC-Goiás e era especializado como designer de interiores e criou joias. Arquitetos dizem que, no fundo, era um arquiteto que, dada sua ampla visão de mundo, sabia, como poucos, entender aquilo que queriam os clientes.

O secretário da Retomada, César Moura, disse de Fernando Parrode: “Ele também ajudava em toda a montagem da feira de artesanato de Goiás feito à mão. Era uma pessoa fantástica. Um profissional solícito, entusiasmado e apaixonado pela arte. O legado profissional que fica é este”.