Federações podem pedir renúncia de Kátia Abreu do comado da CNA
15 abril 2016 às 11h53
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Líderes estaduais estariam insatisfeitos com o apoio da presidente licenciada da confederação a Dilma Rousseff
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) é abertamente a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e o posicionamento da presidente licenciada da confederação e ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO) tem desagradado as lideranças das Federações estaduais.
Nas últimas semanas, a ministra Kátia Abreu evitou falar sobre seu posicionamento em relação ao impeachment de Dilma. Ela é um dos poucos membros do PMDB que permanecem fiéis à presidente depois que o partido deixou a base do governo.
Nos bastidores, discute-se o início de uma campanha para que a ministra renuncie ao comando da CNA depois da votação do processo do impeachment na Câmara dos Deputados, no próximo domingo (17/4). Caso ela se recuse a renunciar, as lideranças cogitam pedir o afastamento de Kátia Abreu.
Enquanto isso a Confederação, com o apoio da maioria das federações, organiza um movimento para levar um grande número de produtores de várias partes do país a Brasília para acompanhar a votação deste fim de semana.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) organiza parte do movimento, e deve levar até o Congresso Nacional produtores goianos que seguem insatisfeitos com o atual governo.
O presidente da Faeg e vice-presidente diretor da CNA, José Mário Schreiner, é um dos coordenadores do movimento e justifica a participação do setor no movimento pela gravidade das crises política e econômica que exigem medidas efetivas que, em sua opinião, não podem mais ser adotadas pela atual presidente.
Sobre o anúncio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) de que apoia o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Kátia Abreu disse que “nos momentos de balanço dos navios, as ideias também balançam”. Ela acrescentou que “o importante não é sempre estarmos juntos na hora do plantio, o mais importante é estarmos juntos na hora da colheita”.