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Sistema tem atualmente cerca de 21 mil presos. Boletins apontam 1.928 casos confirmados, cinco óbitos, dois internados, 84 em recuperação e 1.808 curados

Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia | Foto: Arquivo

A segunda onda da Covid-19 deixou em alerta todas as autoridades, ainda mais com aparição de novas cepas do vírus pelo mundo. Desde o início da pandemia, os virologistas alertavam para essa possibilidade. No sistema prisional de Goiás, que tem atualmente cerca de 21 mil presos, os dados mostram certo controle do vírus.

A Diretoria Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP), informou ao Jornal Opção que desde 2020, no início da pandemia, instalou ações de combate e prevenção da doença, como a disponibilização de equipamentos de proteção individual, itens de higiene como álcool em gel 70%, além da proibição de visitas, higienização dos ambientes prisionais, busca dos casos por meio da realização de testes.

Segundo boletim diário divulgado pelo Comitê de Gerenciamento de Crise da DGAP, sobre o número de casos no sistema prisional goiano foram testados 8.222 presos, 6.294 descartados, 1.928 casos confirmados,  sendo eles: 1.808 curados, dois internados, 84 em recuperação e cinco óbitos registrados.

Já no caso dos servidores penitenciários, o boletim revela que foram testados 5.349, com 630 casos confirmados, sendo eles: 594 curados, 36 em recuperação, dois internados e um óbito registrado pela DGAP.

“O comitê se reúne constantemente para avaliações e tomada de novas decisões conforme o quadro da doença afim de garantir soluções rápidas e análise constante da realidade da doença no sistema. Com isso, Goiás foi o último Estado a registrar casos positivos entre a população carcerária no país”, diz trecho de nota enviada pela instituição. 

Unidades de triagem

Entre as medidas adotas, a DGAP destaca a utilização da Casa do Albergado e da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto como unidades de triagem para os presos que ingressarão no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

“Nesta ação, todo preso encaminhado pelas polícias Civil ou Militar só ingressa nas unidades que compõem o Complexo Prisional de Aparecida, após passarem por um período de quarentena em um desses dois estabelecimentos penais”, esclarece em nota. Procedimento  que de acordo com a DGAP, é idêntico ao realizado em unidades prisionais do interior.

Equipamentos de proteção

Segundo a DGAP, foi feito adaptações da Colônia Agrícola do Regime Semiaberto , além de adquirir EPIs para servidores, produtos destinados à higiene pessoal e desinfecção de ambientes prisionais. São produzidas ainda máscaras em unidades prisionais com utilização de mão de obra carcerária. “As nove regionais também contam com produtos para desinfecção de ambientes, ação realizada semanalmente”, pontua a DGAP.

A aquisição de pulverizadores e insumos, com os quais foi realizada a desinfecção das Unidades Prisionais do Estado, carceragens, áreas administrativas e embalagens dos produtos levados por familiares aos presos e demais departamentos que integram a DGAP. A desinfecção de viaturas é realizada sempre que conduz preso. Procedimento realizado em veículos administrativos utilizados por servidores.

Segundo a DGAP, o sistema realiza a testagem de servidores e presos com intuito de buscar os casos assintomáticos, suspeitos e sintomáticos. Além disso, a diretoria afirma que foi concluído a entrega de termômetros infravermelhos por unidade prisional do Estado para a medição de temperatura corporal de servidores e de presos.