Fazendeiro é denunciado pelo MP-GO por acobertar Lázaro Barbosa
30 junho 2021 às 21h01
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Elmi Caetano Evangelista foi preso durante força-tarefa para capturar fugitivo
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da Promotoria de Justiça de Cocalzinho de Goiás, denunciou Elmi Caetano Evangelista por auxiliar na fuga de Lázaro Barbosa de Souza e por posse de arma de fogo com sinal de identificação suprimido ou adulterado – uma espingarda de ar comprimido modificada para disparar munição de calibre 22, portanto, sem identificação – e 49 munições de calibre 22, em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Desde o dia 10 de junho, foi criada e instalada em Cocalzinho de Goiás uma força-tarefa para localizar o paradeiro do então fugitivo Lázaro Barbosa de Souza, que ficou conhecido nacionalmente em razão dos crimes dolosos por ele cometidos, alguns deles no âmbito da comarca de Cocalzinho de Goiás.
A promotora de Justiça Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello explica que apesar dos esforços para a captura do procurado, Elmi Caetano Evangelista, pelo menos desde 18 de junho, até o momento de sua prisão em flagrante em 24 de junho, deu guarida a Lázaro, fornecendo-lhe repouso, comida e escondendo-o em sua fazenda, de maneira a retardar e dificultar o trabalho da polícia.
Alguns policiais suspeitaram da conduta de Elmi Caetano Evangelista, que trancou com cadeado todos os acessos à fazenda, enquanto os demais fazendeiros da região deixavam as porteiras de suas propriedades abertas, para que a polícia pudesse prosseguir com as buscas.
De acordo com a denúncia, após suspeitarem das atitudes de Elmi Caetano Evangelista, os policiais abordaram o caseiro da propriedade, Alain Reis de Santana, que havia recebido ordens expressas para não permitir que a polícia adentrasse a propriedade. Alain, depois de preso, informou à polícia que o patrão estava acobertando o criminoso.
Ao realizarem buscas na propriedade, a polícia localizou e apreendeu a arma de fogo e as munições. No local, ainda foi apreendido o aparelho celular do denunciado, com base em ordem judicial previamente proferida. No aparelho foram encontradas mensagens que corroboram o favorecimento prestado por Elmi Caetano Evangelista a Lázaro. Além disso, cães farejadores identificaram rastros do cheiro do então fugitivo no local.