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O caso de um cavalo mutilado com um facão em Bananal (SP) gerou indignação em todo o país e mobilizou famosos, ativistas e autoridades. O animal, que teve as patas cortadas, não resistiu e morreu. A Polícia Civil abriu investigação e já ouviu o tutor do cavalo, de 21 anos, apontado como autor do crime.

Como aconteceu

De acordo com o boletim de ocorrência, o caso ocorreu no último sábado, 16, durante uma cavalgada na zona rural da cidade. O tutor seguia com um amigo, cada um montado em um cavalo, quando o animal branco começou a demonstrar cansaço, parou de andar e se deitou no chão.

A testemunha relatou à polícia que o cavalo apresentou respiração fraca até cessar por completo, levando o tutor a acreditar que ele havia morrido. Nesse momento, o jovem teria retirado um facão da cintura e dito: “se você tem coração, melhor não olhar”. Em seguida, golpeou a pata do animal, cortando-a.

Assustado com a cena, o acompanhante afirmou que passou mal e deixou o local. Posteriormente, o tutor foi localizado e confessou ter usado o facão, mas alegou que o cavalo já estava morto no momento da mutilação.

O caso foi registrado como ato de abuso a animais, agravado pela morte. O homem prestou depoimento na delegacia, mas pagou fiança e foi liberado.

Repercussão nacional

A violência contra o cavalo viralizou nas redes sociais, onde imagens do animal caído no chão circularam e provocaram comoção. Celebridades passaram a pressionar por justiça.

A cantora Ana Castela, apaixonada por cavalos, compartilhou a notícia em seu Instagram e chamou o ato de “covardia”. Ela pediu mobilização popular para que os responsáveis sejam punidos.

A ativista Luísa Mell, referência na defesa dos animais, classificou os envolvidos como “monstros” e cobrou resposta imediata da Justiça: “Estes covardes têm que pagar! Vamos pressionar. Não se calem!”.

A atriz Paolla Oliveira, atualmente no ar na novela Vale Tudo, também se uniu à corrente de apoio e divulgou mensagens de repúdio.

Reação das autoridades

Em nota, a Prefeitura de Bananal disse repudiar “qualquer ato de crueldade contra os animais” e informou que encaminhou o caso à Polícia Civil e à Polícia Ambiental para investigação e responsabilização dos envolvidos.

“Trabalhamos em conjunto com os órgãos competentes para que casos como este não fiquem impunes. Reforçamos nosso compromisso em zelar pelo bem-estar animal”, afirmou a gestão municipal.

A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e reunindo provas para esclarecer o crime. A expectativa é de que, após a conclusão do inquérito, o tutor do cavalo seja responsabilizado judicialmente.

O Jornal Opção não conseguiu localizar a defesa do suspeito para que se posicionasse.

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