Petrobras alertou Ministério de Minas e Energia para possibilidade de queda na distribuição de comida, inflação, queda nas exportações de grãos e insegurança alimentar com a falta de Diesel

Falta de Diesel

A produção de comida, a inflação, a exportação de grãos e todo o PIB podem ser afetados pela crise do óleo diesel que se anuncia. Embora especialistas afirmem que é improvável um desabastecimento generalizado do combustível, a escassez e aumento dos preços no segundo semestre já foi previsto pela Petrobras. 

Segundo Carlos Antônio Moreira Leite, do Departamento de Economia Rural da UFV (Universidade Federal de Viçosa), afirmou a Fabrício de Castro, do UOL, o transporte de grãos como soja e milho é dependente de caminhões e representam grande proporção do PIB brasileiro. Além disso, os alimentos sofrerão aumento desproporcional de preços, o que gera pressão inflacionária e põe em risco a segurança alimentar da população.

Quando a greve dos caminhoneiros de 2018 paralisou o transporte de alimentos, o índice oficial de inflação IPCA subiu de 0,4% para 1,26%. A atividade econômica, conforme o IBC-Br (Índice de Atividade do Banco Central), despencou 3,59% em maio daquele ano, na comparação com abril. 

A solução proposta pela Petrobras é equiparar os preços do diesel vendido no Brasil com os preços praticados no exterior. Atualmente, o valor do diesel refinado pela Petrobras é 3% menor do que o valor internacional. A defasagem desestimula a importação por distribuidores, o que leva à escassez, pois 30% do volume de óleo diesel consumido no Brasil é importado.