“Faço uma cobrança pública para que o STF tenha juízo e não jogue o Brasil no abismo jurídico”, diz Nelto
15 outubro 2019 às 09h27

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Segundo o parlamentar, presídios farão festas regadas a uísque e drogas caso o STF não mantenha a prisão após condenação em segunda instância

O deputado José Nelto (Podemos) defendeu a manutenção da prisão após condenação em segunda instância pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada após a Suprema Corte confirmar que vai levar o assunto a julgamento ainda nesta semana. Caso o STF mude o entendimento, mais de 160 mil pessoas podem ser liberadas em todo o país.
“Faço uma cobrança pública para que o STF tenha juízo e não jogue o Brasil no abismo jurídico, soltando 159 mil criminosos corruptos nas ruas do dia para a noite. Eles [ministros] pagarão um preço alto”, defende o parlamentar. “Se isso mudar terão festas nos presídios regadas a uísque e drogas, será a data dos arruaceiros. Será um dia triste para o judiciário”, emenda.
O deputado defende leis ainda mais duras, no caso de crimes hediondos contra a vida, exceto em caso de legítima defesa. “Deve ser em primeira instância assim como países civilizados, a exemplo dos Estados Unidos e Europa central”, afirma. “O Supremo vai pagar um preço do tamanho do Brasil caso mude o entendimento sobre o tem, eu não consigo sequer mensurar o tamanho da reação da nação brasileira”, diz.
Reação do Congresso
José Nelto defende uma reação do Congresso Nacional caso o STF suspenda a prisão após condenação em segunda instância. “O Congresso não pode ser conivente e esperamos que, caso necessário, o presidente Rodrigo Maia convoque uma reunião às pressas para votar uma Proposta de Emenda à Constituição”, explica.
“Isso deve ser feito em prazo recorde obedecendo ao regime da Casa. Até porque se o Congresso não der uma resposta à sociedade também ficará desmoralizado. Estou agindo em nome da nação brasileira, chega de violência e impunidade. Queremos um brasil de justiça social, paz e que tenha tranquilidade”, conclui Nelto.