Fábio Sousa: “Reforma da Previdência só tem sentido se começar pelo alto escalão”
11 novembro 2016 às 11h11

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Deputado federal goiano defende proposta, mas diz que mudanças devem começar “de cima para baixo”: incluindo o Parlamento, o Judiciário e também militares

Para o deputado federal goiano Fábio Sousa (PSDB-GO), a reforma da Previdência deve ser encaminhada para o Congresso apenas no ano que vem. Apesar de o governo federal insistir que há tempo para projeto chegar à Câmara, o goiano contradiz.
“Tivemos um ano pesado… Impeachment de Dilma, cassação de Cunha, PEC 241/55… Mandar a reforma da Previdência é inviável. Pelo que tenho conversado com os líderes, deve ficar para 2017 mesmo”, explicou.
Questionado se é a favor ou contra, o tucano reconhece a importância da proposta, mas não vê sentido em discuti-la se não começar “de cima para baixo”.
“Temos que ter um debate amplo, que não pode ficar restrito ao Parlamento, temos que levar a sociedade para exaurir o tema. Além disso, só é possível falar em reforma da Previdência se começarmos pelo alto escalão. Deputados, senadores, militares, o Judiciário, os altos salários”, defendeu.
Fábio Sousa garante que só apoiará o projeto caso haja uma revisão em pensões e aposentadorias de ex-ministros, ex-presidentes e todos os supersalários de todos os poderes. “É um assunto espinhoso, mas temos que começar com quem ganha muito. Só haverá respaldo social caso consigamos mostrar a extrema necessidade de fazermos as mudanças. Mas para todos”, completou.
De qualquer forma, o deputado goiano garante que serão meses de discussão e a reforma não será aprovada “às pressas”.