Cerca de 800 cadastros de pessoas físicas de integrantes da Força Terrestre ficaram expostos na internet

Foto: Exército Brasileiro
Foto: Exército Brasileiro

Servidores de rede do Exército Brasileiro foram invadidos por hackers e números de CPFs de cerca de 800 militares foram expostos na internet entre domingo (8/11) e segunda-feira (9) desta semana.

Além de números de CPF, os hackers também divulgaram senhas de militares utilizadas para acesso a diversas páginas do Exército.

De acordo com o site especializado Tecnomundo, o ataque teria sido um revide a um comportamento dos integrantes do Exército em uma recente competição de segurança digital. Segundo os hackers, os militares teriam infringido regras do torneio cibernético.

Ainda segundo o Tecnomundo, a prática foi identificada pela primeira vez durante o Hackaflag PR, realizado no dia 17 de outubro, e durante outro evento hacker, o Roadsec de Curitiba, na qual um major do Exército foi o vencedor. A “trapaça” passou a se repetir em maior escala durante a edição 2015 da Hackers 2 Hackers Conference (H2HC), que foi organizada entre os dias 24 e 25 do mês passado em São Paulo. Isso gerou inúmeras desavenças nas redes sociais entre participantes da cena hacker brasileira e os militares.

Os hackers anônimos invadiram inúmeras bases de dados e diversos servidores do Exército, tendo acesso a mais de 7 mil contas em menos de oito horas. O “anúncio” do ataque teria sido feito pela primeira vez em uma lista de e-mail chamada Brasil Underground. Nela há uma nítida provocação aos militares: “Ficamos sabendo que o Exército Brasileiro tem participado de jogos de Capture The Flag e tem se exibido como um time de elite. Chega a ser vergonhosa a segurança do Exército Brasileiro, cada sistema possui vulnerabilidades críticas”, disse. “Até mesmo o controlador de domínios foi sequestrado pela equipe utilizando seus avançados ataques de ‘deauth’ em redes wireless”, comenta um dos invasores.

Por meio de nota, o Exército confirmou a ocorrência do incidente e informa que o assunto está sendo tratado pelo Centro de Coordenação para Tratamento de Incidentes de Rede do Exército. A corporação informa ainda que o incidente não comprometeu os sistemas estratégicos de defesa.