Os ataques de Israel a região do Vale do Bekaa, no Líbano, já vitimou quatro brasileiros, segundo informações locais. Mirna Raef Nasser e seu pai, que não teve a identidade revelada, morreram durante um bombardeio que atingiu a residência. Prima de Mirna, Jacqueline Nasser é psicóloga e tem nacionalidade brasileira e libanesa. Ela falou com exclusividade ao Jornal Opção sobre o atentado. Ela, que passa férias no Brasil, deve retornar ao Líbano no próximo dia 30. “Meu tio é a filha morreram no bombardeio que atacou direto a casa deles. Mirna era brasileira nascida em Santa Catarina, mas não achamos os documentos dela ainda”, relata a mulher.

Prestes a retornar ao País em meio aos ataques israelenses, que tem se concentrado no sul do Líbano, Jacqueline diz não saber se sua casa ainda existe. “Não posso voltar, minha cidade está sendo atacada bruscamente. Parou nossas vidas, meus filhos estavam voltando às aulas. Agora não sobrou nem lar nem escolas”.

Parou nossas vidas, meus filhos estavam voltando às aulas. Agora não sobrou nem lar nem escolas

Itamaraty confirmou duas mortes

Até o momento, o Ministério de Relações Exteriores confirmou apenas duas mortes de brasileiros como consequência dos ataques de Israel ao Líbano. O adolescente brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 15 anos de idade, natural de Foz do Iguaçu, e seu pai, que não teve a identidade confirmada ainda, foram atingidos pelos bombardeiros na região do Vale do Bekaa, no Líbano.

“O menor e seu pai, de nacionalidade paraguaia, foram atingidos por explosão como resultado dos intensos bombardeios aéreos israelenses na região, na segunda-feira. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares do menor. O pai do adolescente também faleceu como resultado da explosão”, diz a nota do Itamaraty.

O ministério condenou a continuidade dos “ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”, finalizou.

Israel rejeitou o pedido dos Estados Unidos e a França, ao lado de aliados como a Arábia Saudita e a União Europeia para cessar fogo imediatamente e pausa de 21 dias nos combates que mataram centenas de pessoas nos últimos dias.

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