O ex-prefeito de Águas Lindas de Goiás, José Pereira Soares, se entregou à polícia nesta segunda-feira, 5. Ele é suspeito de estuprar crianças e está foragido há sete meses e meio. Segundo a delegada do Atendimento à Mulher (Deam), Tamires Teixeira, ele está preso no Presídio Estadual de Águas Lindas de Goiás. 

O Jornal Opção não conseguiu contato com a defesa de José até a última atualização desta matéria.

José foi prefeito de Águas Lindas de Goiás entre 2005 e 2008, e concorreu novamente em 2012 usando o nome “J. Pereira”, mas não foi eleito. 

Ele teve prisão preventiva decretada no dia 17 de setembro de 2024, e era procurado pela polícia desde então. A apresentação do suspeito foi acordada com a polícia. Ao Jornal Opção, a delegada disse que havia um combinado de que José se entregasse na Deam, no entanto, ele seguiu direto para o presídio. 

Quando o possível crime veio à tona, após o pedido de prisão no ano passado, a delegada disse que pelo menos duas meninas teriam sido vítimas dele. Na época, disse à imprensa que uma delas já tinha 18 anos e que os abusos começaram quando ela era criança.

Outros crimes

Em 2020, José Pereira foi condenado pela Justiça de Goiás por improbidade administrativa, após ação proposta pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Segundo o MP, o ex-prefeito desviou recursos e bens, promovendo favorecimento de terceiros por meio de fraudes em licitação.

Foi determinada a perda da função pública; a suspensão dos direitos políticos por 8 anos; a proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais por 5 anos; além de multa de R$ 51.671,76, a ser paga ao município.

Antes disso, em 2012, o ex-prefeito foi condenado pela Justiça Federal (PF) por crimes ambientais relacionados à extração irregular de areia na Fazenda Vau, zona rural de Anápolis (GO) – Área de Proteção Ambiental (APA). Ele chegou a ser preso e permaneceu detido por cerca de 90 dias na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Por isso, foi condenado em 5 anos e 7 meses de prisão em regime semiaberto, além de multa. Segundo a PF, o prejuízo ambiental foi estimado em mais de R$ 67 mil para recomposição da área afetada e mais de R$ 10 milhões referentes à areia extraída.

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