Deputado afirma que votou a favor de todos os projetos apresentados por Caiado, mas pede transparência nas contas

Foto: Alexandre Parrode | Jornal Opção

O deputado estadual Lucas Calil (PSD) falou ao Jornal Opção sobre sua relação com a gestão Caiado, avaliou os primeiros dias do novo governo e questionou a falta de transparência das contas estaduais. “Na minha visão o governador Caiado é muito egoísta”, disse o parlamentar.

Segundo Lucas Calil, o novo governo só pensa em si e tenta a todo custo culpar as gestões antigas por um déficit que não teria sido provado.  “Ele maquia e distorce as contas o tempo inteiro, separou o caixa único, não apresenta o extrato da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, do Detran e fica falando em déficit”, comentou o deputado.

“Até pelo tipo de comportamento adotado pela atual gestão, acho que estão mentindo para prejudicar judicialmente o governo passado. E no fim quem está pagando o pato é o servidor”, afirmou Lucas.

Para o deputado, o governo estadual foi incoerente ao prometer devolver Goiás para os goianos, mas em seguida só trazer secretários de fora. À reportagem, ele contou que esteve em uma secretaria para resolver uma demanda e quando convidou o titular da pasta para acompanha-lo até Inhumas, foi questionado sobre o que era Inhumas. “Tive que explicar que era uma cidade goiana”, relatou Lucas.

“Tudo o que ele mandou para cá, eu que sou oposição votei a favor. Ajudei a cortar minha própria emenda pela metade, apoiei a redução dos incentivos fiscais, aprovamos o Refis. Só isso que fizemos aqui representa R$2 bi a mais em um ano”, explicou o deputado.

Lucas também comentou o desentendimento com o governador Ronaldo Caiado (DEM) na Assembleia Legislativa. “Além de me menosprezar, o governador não respondeu o que eu perguntei. Isso foi uma estratégia para não me responder, mas foi um caminho muito errado menosprezar a juventude que é a responsável pelas grandes mudanças no mundo”, disse.

No entanto, o parlamentar alega não torcer contra a gestão Caiado. “Não faço um julgamento tão extenso por ter apenas vinte e poucos dias de mandato”, finalizou.