Entrega do relatório da CEI das Obras Paradas atrasa e vereador culpa prefeitura
08 setembro 2018 às 09h58

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Eduardo Prado diz que irá concluir o material apenas no final deste mês de setembro, pois a gestão municipal protelou a entrega de vários documentos importantes

Depois de muitos impasses e reformulações a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a situação das obras paradas em Goiânia deve apresentar o relatório de conclusão apenas no final do mês de setembro.
Segundo o relator do grupo, o vereador Eduardo Prado (PV), o material deveria ser entregue antes, mas ele atribuiu o atraso à falta de comprometimento da prefeitura e da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), que não teriam entregue documentos importantes para a investigação das construções.
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“Além do atraso dos documentos, que tem prejudicado muito o andamento da CEI e impedido que a transparência seja repassada aos cidadãos, ainda estou aguardando o parecer do Tribunal de Contas do Distrito Federal sobre documentos irregulares”, declarou o vereador que está analisando os documentos que já possui.
Eduardo afirmou, também, que vai requerer ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) que faça uma interpelação judicial por meio da CEI para que a prefeitura entregue os documentos que faltam sob pena de crime de responsabilidade fiscal. “Vou acionar a Dercap [Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública] para nos ajudar”, completou.
O parlamentar lembrou, ainda, que convidou o prefeito Iris Rezende por duas vezes para esclarecer alguns pontos durante reuniões da CEI, mas o gestor não foi. “Basta, agora, esperar que os documentos cheguem de Brasília e anexá-los às investigações já feitas, para entregar o relatório”, disse.
O vereador concluiu e reforçou que desde o começo a prefeitura e a Seinfra atrapalharam a Comissão, mas que, apesar de tudo, o trabalho dos vereadores foi “produtivo”. “Ajudamos a retomar obras como a da Casa de Vidro, do Hospital Maternidade Oeste e até do BRT, evitando o desperdício de um bilhão de reais aos cofres públicos”, assinalou.
Tanto a Seinfra quanto a prefeitura de Goiânia foram notificadas pelo Jornal Opção sobre as declarações do vereador, porém não foi enviado nenhum posicionamento até a publicação desta matéria.