Representantes dos empresários goianos sugerem flexibilização com redução de carga horária para garantir reabertura na próxima semana

Com o objetivo de dialogar e negociar a flexibilização que deve ocorrer na próxima semana, entidades do setor produtivo e comercial do Município irão se reunir com a Prefeitura de Goiânia, na tarde desta quinta-feira, 25. Entre elas, estarão presentes a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Goiás (Abrasel-GO), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, a Associação Comercial, Industrial e Serviços de Goiás (Acieg) e a Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO).
Segundo o presidente da AER44, Chrystiano Câmara, serão sugeridas medidas de flexibilização que, ao mesmo tempo permitam os comerciantes retornarem a suas atividades, não causem maior transtorno ao transporte coletivo e, consequentemente, à transmissão do vírus. “Queremos flexibilizar o horário de trabalho para que as pessoas atuem em horários diferentes, dando ao transporte publico a oportunidade de circular com menos passageiros”, explica.
Ao detalhar a proposta, o presidente exemplifica que, comerciantes que antes abriam às oito horas da manhã, podem passar a funcionar às nove. No fim do expediente, do mesmo modo, ao invés de fecharem as portas às seis da tarde, o fazerem mais cedo, para que alivie a quantidade de pessoas nos horários de pico, que geram maior tumulto e aglomeração.
Motivação do encontro
A justificativa para a reunião é a dificuldade enfrentada pelo setor produtivo desde o início da pandemia, em março de 2020, e o agravamento dessa condição desde o começo da segunda onda, em 2021. “Empresas estão quebrando todos os dias. Como a proposta era um fechamento de 30 dias, esse prazo termina na próxima segunda-feira, 29. Por isso, o que precisa ser feito agora é uma ação em conjunto de todas essas entidades com o Poder Público para que essa flexibilização exista”, pontua Chrystiano.
O presidente da Associação Comercial Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, que já havia conversado com o Jornal Opção anteriormente, também reforça a esperança de reabertura para a próxima semana por parte do setor produtivo, e diz que mesmo que a flexibilização venha de forma menor que o esperado, precisa acontecer de algum modo. “Se tiver mais uma ou duas semanas de fechamento, muitos outros também não retornarão às suas atividades”, diz.
Fernando Celsin é presidente da Abrasel e também estará na reunião. Para ele, a situação é desesperadora. “O setor de bares e restaurantes está em colapso total. Foi possível antecipar as férias dos funcionários em março, mas se não tiver a abertura em abril, não temos mais opção. Vai acontecer uma demissão em massa, não temos mais o que fazer”, desabafa.
Flexibilização
Apesar da reunião, ainda não se sabe como será feita a flexibilização a partir da próxima semana na capital goiana, ao considerar que nem os percentuais de ocupação dos leitos da rede estadual e municipal de saúde, nem a curva de contaminação sofreram redução significativa. No momento, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) voltadas ao tratamento da Covid-19 em Goiás estão 97,78% ocupadas, com 12 leitos disponíveis. Já na enfermaria, essa porcentagem cai para 88,29%, mas apenas 83 unidades se encontram vagas.
Até o momento, foram confirmados 127.148 casos da doença na cidade, com 3.321 vítimas fatais.
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