Entenda em 10 pontos por que Professor Alcides, ao fugir dos debates, está fugindo dos eleitores
12 setembro 2024 às 08h30
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1
Calote no Banco do Brasil
O Banco do Brasil cobra na Justiça que Professor Alcides Ribeiro pague a importância de R$ 3,83 milhões à instituição a título de aluguéis devidos pela ocupação do imóvel onde funciona a Faculdade Alfredo Nasser (Unifan), no Jardim das Esmeraldas.
O imóvel ocupado por Alcides foi arrematado pelo banco em outra ação de execução movida contra o empresário, ainda em 2004. Na sentença o juízo fixou aluguel mensal de R$ 5 mil por mês.
No entanto, Professor Alcides também não fez o pagamento, e o BB apurou o saldo devedor de R$ 3,83 milhões devidos, atualizados até fevereiro de 2024.
2
Dívida de condomínio
O Ecologic Ville Resort e Spa, condomínio de luxo de Caldas Novas, recorreu à Justiça contra Professor Alcides Ribeiro para cobrar uma dívida de taxas condominiais que se arrasta desde 2014. O valor inicial da dívida era de R$ 12.802,19, mas, com a atualização da inflação e os juros de mora, o montante já chega a quase R$ 30 mil.
3
Dívida com Prefeitura de Aparecida
Ação de execução fiscal, em trâmite no Tribunal de Justiça de Goiás, proposta pelo município de Aparecida de Goiânia contra Professor Alcides busca garantir o pagamento de Imposto Sobre Serviços e Taxa de Licença para Funcionamento oriundos de atividades empreendidas pelo liberal.
A ação foi proposta em janeiro de 1999 e até hoje, 25 anos depois, a Fazenda Pública Municipal de Aparecida de Goiânia ainda não conseguiu a quitação dos débitos, que, atualizados, chegam a mais de R$ 100 mil.
4
Apropriação indébita de funcionários da Unifan
O pré-candidato do PL em Aparecida é alvo de processo no TRF-1 por “apropriação indébita previdenciária”. Trata-se de ação penal contra o empresário Alcides Ribeiro por prática de não recolhimento previdenciário dos funcionários do Centro Universitário Alfredo Nasser (Unifan), entre 2003 e 2007.
5
Problemas com a Justiça Eleitoral
Em 2015, foi instaurado inquérito policial contra Professor Alcides Ribeiro para apurar falsidade ideológica eleitoral nas eleições de 2014. O processo que tramita no TSE partiu de denúncia de uso indevido de cheques para pagamento de gastos da campanha eleitoral de 2014.
6
Fraude na cota de gênero
Outro processo que tramita no TSE trata da investigação eleitoral sobre fraude na cota de gênero na chapa de deputados federais do PL em 2022.
7
Pedofilia: denúncia do senador Kajuru
Em 2016, Jorge Kajuru (hoje senador), então candidato a vereador por Goiânia, fez pesadas acusações contra Professor Ribeiro, dizendo que o agora candidato a prefeito de Aparecida era pedófilo, que tinha assediado jovens jogadores do Atlético Clube Goianiense e que até tinha se casado com um menor de 16 anos. Na época, Alcides preferiu se calar.
A questão da pedofilia exige cautela. Pois, pelo que se sabe, não há denúncia formalizada contra Professor Alcides. Sendo assim, vale a questão da presunção de inocência.
Em 2022, Professor Alcides foi contra votar em regime de urgência o projeto que transformou a pedofilia em crime hediondo na Câmara dos Deputados. Alcides não queria que a Casa votasse esse projeto tão importante em regime de urgência.
Em meio à discussão sobre o regime de urgência para transformar pedofilia em crime hediondo, Alcides subiu à tribuna e chamou deputadas tinham votado diferente dele de “loucas”.
8
Acordo com estuprador
Professor Alcides confessou em seu programa eleitoral gratuito que teria pedido ajuda ao estuprador João Cambão, um dos bandidos mais temidos de Aparecida e região entre a segunda metade da década de 1970 e início dos anos 1980, para que o estuprador zelasse por sua segurança.
Alcides contou que era frequentemente importunado por meliantes que o perseguiam, quando, voltava para casa à noite. Cambão, segundo o candidato, era seu aluno e por isso o pediu para falar com “os caras” para que eles deixassem de dar “carreira”, ou seja, de persegui-lo pela cidade.
9
Venda de vagas de Medicina
Em outubro de 2021, Professor Alcides Ribeiro, contrariado com a abordagem de uma mãe de aluno que lhe cobrava providências sobre uma vaga, aos gritos, xingou a senhora de “puta” e outros adjetivos.
A briga teria começado porque Alcides Ribeiro não cumpriu um acordo de transferência “comprada” de dois alunos do curso de medicina entre uma universidade da Argentina e sua instituição de ensino, o Centro Universitário Alfredo Nasser (Unifan). O próprio deputado teria combinado a venda de vagas e não cumpriu o acordo. Ele teria recebido o dinheiro, mas os alunos ficaram sem estudar. A discussão acabou em empurra-empurra e tiros ainda foram disparados, tudo dentro da Unifan.
10
Desvio de verba de gabinete: saiu no Fantástico
Professor Alcides foi acusado em matéria do programa “Fantástico” de realizar 211 abastecimentos em apenas um dia, que teriam totalizado um montante de R$ 6 mil, pagos com verbas de gabinete do deputado federal.
A matéria do “Fantástico” fala sobre a apresentação de notas fiscais ‘fora da realidade’ que foram apresentadas por deputados federais, com o objetivo de justificar despesas e conseguir reembolso.
A Operação Tanque Furado mostrou gastos fora da realidade de parlamentares com combustíveis: de janeiro de 2019 a dezembro de 2020, deputados foram mais de R$ 27 milhões.
Outro lado: espaço para Professor Alcides
O empresário e deputado federal Alcides Ribeiro, conhecido como Professor Alcides, tem evitado discutir as questões acima. Mas o espaço está mantido para sua manifestação, que, se enviada, será publicada.