Empresas que usavam celebridades para divulgar falsos sorteios é alvo de operação em Goiás e Mato Grosso
18 setembro 2024 às 09h11
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Uma nova fase da Operação Las Vegas, que visa combater crimes praticados por sete empresas que fraudavam sorteios, foi deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) nesta quarta-feira, 18. A corporação cumpre 10 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de R$ 453.075,49.
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As ordens judiciais são cumpridas em Anápolis, Goiânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia e Pontal do Araguaia (MT). Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, as empresas foram criadas para praticar golpes mediante a venda de títulos de capitalização premiável.
“As empresas eram direcionadas para a prática de crime na internet. Eles vendiam esses títulos para que as pessoas concorressem a prêmios de R$ 500 mil, R$ 600 mil”, explicou o delegado.
Os criminosos fraudavam os sorteios, contratavam ganhadores de fachada e não pagavam os prêmios de alto valor, que variavam entre carros de luxo e quantias em dinheiro. Para atrair as vítimas, as empresas contratavam famosos como Sheila Melo, Geraldo Luiz e Amado Batista para divulgar as fraudes.
“Esse conglomerado criminoso escolhia laranjas antecipadamente para receber o prêmio e, netão, faziam todo um teatro para enganar as vítimas e a audiência nas redes sociais”, afirmou Luiz.
Outras operações
A ação desencadeada nesta quarta já é a terceira fase da operação, que começou em 2023. Em maio deste ano, a corporação também cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em quatro empresas do grupo.
Na época, a PC sequestrou um imóvel de luxo em um condomínio fechado de Senador Canedo, além de uma caminhonete e R$ 1,9 milhão das contas dos investigados. Anteriormente já haviam sido apreendidos 10 veículos e sete imóveis, além do bloqueio judicial de R$ 29 milhões. Ao menos 18 pessoas foram presas.