Empresários goianos estão desanimados em outubro

28 outubro 2015 às 10h51

COMPARTILHAR
Perda de confiança fica mais nítido se comparado ao índice registrado no mesmo período de 2014 e 2013. Comportamento regional acompanha o nacional

O empresário industrial goiano permanece desanimado a aumentar investimento e produção, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do mês de outubro, divulgado nesta quarta-feira (28).
Apesar de variação positiva de 0,4 pontos na comparação com o setembro, os 38,8 pontos alcançados na pesquisa mensal da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) sinalizam uma situação de incertezas com os rumos dos negócios diante do atual momento vivido pelo País.
Outubro registrou o primeiro resultado positivo após três meses consecutivos de queda no índice. As variações de julho, agosto e setembro foram, respectivamente, de -0,3, -2,1 e -1,6 pontos.
Economista da Fieg responsável pela pesquisa, Cláudio Henrique de Oliveira explica que a expectativa empresarial local vem caindo gradativamente nos últimos meses e que, apesar de haver pequenas oscilações positivas, elas não são suficientes para reverter o comportamento negativo.
A perda de ânimo por parte do empresário fica ainda mais nítida na comparação do índice registrado em outubro deste ano com o mesmo período em 2014 e em 2013. Naquela época os valores foram, respectivamente, 47,4 e 57,0 pontos. A regressão foi, portanto, de 8,6 pontos em relação ao ano passado e 18,2 pontos ao anterior.
O comportamento regional acompanha o do índice nacional: ambos apresentam uma crescente desconfiança, embora em níveis diferentes, já que enquanto o ICEI de Goiás é de 38,8 pontos, o do Brasil é de 35,0 pontos.
O ICEI é um indicador utilizado para identificar mudança de tendência na produção industrial. Empresários otimistas tendem a aumentar o investimento e a produção para atender ao esperado crescimento na demanda. Ele varia de 0 a 100 e valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes.
Aumento positivo
Em outubro, o indicador teve crescimento de 2,6 pontos, alcançando 30,0 pontos. Esse aumento foi positivo, já que o indicador apresentou resultados de -1,3, -2,0 e -0,6 pontos em julho, agosto e setembro, respectivamente. Porém Cláudio Henrique de Oliveira ressalta que o resultado se encontra “bem abaixo do mínimo favorável, conforme metodologia da pesquisa, que seria de 50 pontos”.
Enquanto isso, o Indicador de Expectativas apresentou retração pequena, de -0,4 pontos, alcançando o patamar de 43,3 pontos. O resultado, de acordo com o economista da Fieg, sinaliza “uma estabilidade para o momento com viés de expectativas desfavoráveis, diante dos acontecimentos políticos no momento e seus desdobramentos futuros, além da trajetória descendente do indicador nos últimos meses”.