O empresário goiano Lucimário Benedito, conhecido como Mário Furacão, preso durante a invasão ao Palácio Planalto, em 8 de janeiro, conseguiu a liberação na Justiça para deixar a prisão após um ano e sete meses detido. Ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Mário foi preso dias após os ataques à Praça dos Três Poderes, durante a Operação Lesa a Prática.

Ao Jornal Opção, o advogado de defesa do empresário, Daniel Cunha da Câmara, comemorou a libertação de Mário. “Após um ano, sete meses e quatro dias de intenso trabalho e sofrimento para a família e comunidade de Rio Verde, foi expedido o alvará de soltura de Mário Furacão”, disse. Ele acrescentou que a decisão representa “um passo importante na direção de um Brasil mais justo e democrático”.

A soltura veio após pedido da defesa para conversão em prisão domiciliar por motivos de saúde. “Ele precisa fazer uma cirurgia de catarata e a decisão pela conversão foi dada pelo ministro Alexandre de Morais. A defesa também se embasou na certidão carcerária que consta bom comportamento”, explicou.

Ainda segundo a defesa, Mário é acusado de abolição do Estado democrático de Direito e dano ao patrimônio público. O empresário havia gravado um vídeo dentro do Palácio do Planalto, durante as invasões às sedes dos Três Poderes que aconteceram no início de janeiro.

Com uma bandeira do Brasil enrolada no pescoço e outra no ombro, ele aparece no vídeo narrando a invasão ao prédio público, criticando a ação de policiais que tentavam conter os manifestantes. Além de afirmar que o “povo” não deixaria “comunistas” e “narcotraficantes” governarem o país.

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