A empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos, mantida pela mulher e filhos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é alvo de ofensivas bolsonarista e pode entrar na mira da Magnitsky. A empresa detém 11 imóveis, incluindo a casa do magistrado e o escritório da esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, além de apartamentos em Campos do Jordão, todos em São Paulo.

Com este patrimônio, a empresa acumula um capital de R$ 12,4 milhões. Além disso, foi divulgado que cada unidade residencial em Campos do Jordão é avaliada no valor de R$ 4 milhões, enquanto um apartamento de alto padrão em Guarujá foi vendido pela empresa no valor de R$ 1,26 milhão.

Mira dos bolsonaristas

Segundo fontes ouvidas pelo O Globo, a companhia é palco de conversas entre a ala bolsonarista que planeja um aumento nas sanções econômicas contra o Supremo. Entre as peças-chave destas tratativas é o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, e o apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo.

Ambas as figuras pleiteiam com autoridades norte-americanas para um reforço nas medidas contra ministros da Justiça que julgam Bolsonaro e mais outras acusados do “núcleo crucial” por tentativa de golpe de Estado. A expectativa, segundo fontes do jornal, é que a empresa seja o “trunfo” para mais barreiras econômicas antes mesmo do término do julgamento.

A empresa foi criada nos anos 2000 pelo ministro Alexandre e tem inscrição no Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) como “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”. Em 2013, Viviane Barci e os filhos do casal tomaram conta da Lex. Atualmente, a sede da companhia é localizada no mesmo prédio do escritório de advocacia de Viviane, o mesmo endereço que operava o antigo escritório de advocacia particular de Moraes antes de entrar na vida pública.

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