O placar de 0 a 0 mostra que a seleção brasileira está muito atrás tecnicamente da Alemanha, que passa a ser a maior favorita ao título

O jogo contra o México, o segundo do Brasil na Copa do Mundo, só prova que ainda há muito que fazer para a seleção ficar pronta. O bom é estar ainda com tempo para mudar a escalação.

Depois de fazer sua segunda partida, percebe-se que o Brasil está muito atrás tecnicamente da Alemanha, a maior favorita para o título. Também dá para dizer que não está à frente de Holanda, Itália e Inglaterra, pelo que estas mostraram na 1ª rodada.

O placar de 0 a 0 foi injusto? Do ponto de vista das chances de gol, sim, já que a principal figura da partida foi o goleiro Ochoa, indiscutivelmente. O camisa 13 do México (que não tinha um titular absoluto para a posição) fez pelo menos três grandes defesas, entre elas uma de grau máximo de dificuldade, ainda no primeiro tempo, em uma cabeçada de Neymar. Com certeza, a defesa mais bonita da Copa de 2014 até o momento.

Sem Hulk, Luiz Felipe Scolari optou por escalar Ramires, o que obviamente tirou poderio ofensivo da equipe. Paulinho, mais uma vez, não esteve bem. As laterais, principalmente pelo lado de Daniel Alves, não funcionaram a contento. As entradas de Bernard e William deram mais força de ataque, mas Ochoa seguiu fazendo seus milagres.

Não que o México fosse inofensivo. Pelo contrário, a seleção mandou no jogo no início do segundo tempo e a barulhenta torcida asteca calou a maioria de brasileiros presentes ao Castelão por várias vezes durante a partida.

Dos males, o menor. O Brasil joga com Camarões, o adversário mais fraco do Grupo A, na última partida pela fase inicial e deve vencer com facilidade. Assim, se consolidará como o 1º da chave e esperar o 2º lugar do Grupo B, que será decidido no confronto entre Espanha e Chile, às 16 horas – a Holanda será a 1ª colocada.