Em vídeo, suspeita de matar estudante em Goiânia diz que vítima não reagiu a assalto
26 fevereiro 2016 às 11h03

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Natália Gonçalves confessou crime que vitimou estudante na porta de um colégio no Setor Marista, em Goiânia

A Polícia Civil apresentou, na manhã desta sexta-feira (26/2), a suspeita de matar a estudante Nathália Zucatelli, de 18 anos, na porta do Colégio Protágoras, no Setor Marista, em Goiânia. O crime ocorreu na noite da última segunda-feira (22/2) e causou comoção na capital goiana.
Natália Gonçalves de Sousa confessou o assassinato, que contou com a participação de outros dois homens: Mateus Queiroz Aguiar, o motociclista que estava com a jovem no momento do crime, e Fernando Rodrigues Júnior, que emprestou a arma ao casal e também foi identificado e preso. Mateus segue foragido.
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Em vídeo disponibilizado pela polícia, Natália Gonçalves confessa o crime e afirma que a jovem não reagiu ao assalto. “A reação dela foi normal. Virou as costas e saiu. Foi quando a moto acelerou e eu assustei”, disse a suspeita, indicando que o disparo contra a vítima teria sido acidental.
À polícia, no entanto, Natália teria dado uma versão diferente. Conforme o delegado Clayton Camilo, responsável pelo caso, a jovem teria dito que andava com a arma já engatilhada na cintura e atirou contra a estudante porque quis.
Na gravação, a jovem, que tem passagem por receptação, confessa também que, no mesmo dia, participou de outros dois assaltos. “Ele (Mateus) me chamou para fazer um assalto e eu estava precisando de dinheiro… Meus filhos estavam sem água e sem energia, e eu aceitei”, contou.
Por fim, questionada sobre o que pensa a respeito da situação, Natália conclui dizendo que quer se redimir da culpa. “Eu quero pagar pagar o que eu devo, pagar meus pecados, sair da cadeia e ter uma vida normal.”
Prisão
Natália Gonçalves foi presa, por volta das 20h30 da última quinta-feira (25), na casa de sua mãe, no Setor Jardim Tiradentes, em Goiânia. Na mesma noite, a Justiça goiana expediu mandados de prisão contra a jovem e os outros dois homens envolvidos no crime.
A prisão vem um dia após a troca de titular da Secretaria de Segurança Pública, que passou a ser comandada pelo vice-governador José Eliton. À imprensa, o titular afirmou que a prisão dos suspeitos é uma resposta à população no que diz respeito à violência na capital.
“Em Goiás, não há um caso de grande relevância que as forças policiais não tenham identificados seus autores e os apresentado ao poder Judiciário. […] E é importante destacar que, aqui em Goiás, quem ultrapassar os limites legais serão efetivamente punidos. Podem demorar um, dois, três dias, um mês, dois meses… Mas os autores serão identificados”, destacou.