MS destacou heterogeneidade entre municípios e informou que isolamento deve ser mantido em regiões com mais contaminações, enquanto municípios sem registros devem retornar à rotina

Eduardo Pazuello, Wanderson Oliveira e Nelson Teich durante coletiva desta segunda, 27 | Foto: Reprodução

De acordo com último boletim do Ministério da Saúde, já são 66.501 casos confirmados da Covid-19 no Brasil e 4.543 mortes. 338 óbitos foram confirmados nas últimas 24 horas. De acordo com a pasta, 86% dos óbitos tiveram testes concluídos. A taxa de letalidade chega a 6,8%.

A coletiva dessa segunda-feira, 27, foi a primeira com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, que destacou que a pasta tem se atentado aos dados para saber quais os erros nas informações recebidas, se há um exagero nas notificações ou se há subnotificação. A fala foi feita após Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde no Ministério da Saúde, destacar que os 338 óbitos não ocorreram desde o último boletim, mas foram confirmados por meio de testes.

Oliveira ainda ressaltou que são analisadas as métricas para saber quais municípios já podem retornar às atividades. “Estamos entrando ainda na sazonalidade mais intensa, especialmente no sul do Brasil. Queremos entender como a doença atinge municípios com até 20 mil habitantes, os pequenos municípios. Como ela atinge os que tem até 50 mil? Cerca de 40% dos municípios brasileiros não tem registro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ou Covid-19. O que não quer dizer que não tenha que se fazer medidas. Ele pode e deve”, falou.

“Temos que concentrar esforços, empregar meios onde o problema é maior”, disse Eduardo Pazuello, novo secretário-executivo do Ministério da Saúde e braço direito de Teich. “Onde pode produzir e trabalhar, com as medidas preventivas e necessárias, assim tem que ser. Onde for preciso ainda grau de isolamento, distanciamento social, precisa ter também. Muito especificamente para cada lugar”, falou.

“Imaginar o mesmo pico para todas as regiões do país não é correto”, adicionou Teich.

Retorno de jogos

Ainda na discussão sobre o afrouxamento do isolamento em situações específicas, o ministro contou que existe um pedido para o retorno de partidas de futebol sem público. “Não é uma coisa definida. Mas se iniciativas que poderiam melhorar o dia a dia das pessoas, porque o isolamento tem impacto negativo, vamos analisar. Claro que com segurança, o que pudermos fazer para tornar o cotidiano melhor, vamos avaliar”, ponderou.