Avaliação da perda de mandato e da inelegibilidade foram feitas em turnos diferentes. Na primeira, petista foi afastada definitivamente por 61 votos

O Senado Federal decidiu, em um segundo turno de votação, que, apesar de perder o mandato, Dilma Rousseff (PT) não vai ficar inelegível por oito anos e não ficará proibida de ocupar cargos públicos. Apenas 41 senadores votaram pela inelegibilidade, e, assim, não foi atingido número mínimo necessário, de 54 votos, para que ela fosse condenada a esta pena.

A decisão foi feita separadamente porque o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, aceitou requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE) e dividiu o julgamento em duas partes, primeiro para avaliar se ela cometeu crime e, depois, para votar a inelegibilidade.

Houve dúvidas em relação ao fato de a presidente ficar ou não impedida de disputar cargos públicos, mas a assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que ela pode voltar a concorrer, porque a lei da ficha limpa não a atinge.

Dilma perdeu o mandato nesta quarta-feira (31/8) depois que 61 senadores a condenaram pelo crime de responsabilidade fiscal. A petista foi considerada culpada por ter emitido três decretos suplementares sem autorização do Congresso e por ter atrasado repasses à instituições financeiras controladas pela União.