Marconi ressalta feitos de sua gestão e tece críticas a adversários durante reunião de campanha
29 julho 2014 às 23h20
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O governador também fez questão de frisar que os Cais são de responsabilidade da administração municipal de Goiânia, e não do governo estadual
Continuando a estratégia de campanha que tem adotado nos últimos dias, o governador Marconi Perillo (PSDB) fez questão de frisar novamente, durante reunião na região Noroeste da capital, as diferentes responsabilidades da administração estadual e da municipal de Goiânia. O tucano falou sobre o Hospital de Urgências de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugo 2) que está sendo construído naquela região e destacou que aquela unidade, assim como o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e o Hospital Materno Infantil (HMI), é de responsabilidade do Estado, enquanto os Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) — foco de polêmica recente devido à problemas no atendimento à população — estão a cargo da prefeitura de Goiânia.
Ao lado do candidato ao Senado, Vilmar Rocha (PSD), e de diversos candidatos a deputado estadual e federal – entre eles Giuseppe Vecci (PSDB) e Elias Júnior (PMN) – o governador lembrou também que fez o repasse de R$ 6 milhões para que a prefeitura pudesse comprar caminhões para realizar a coleta de lixo na capital. “Nós passamos no começo do mês passado metade do dinheiro, mas a conta que foi enviada estava errada. O banco estornou o dinheiro, mas ele já está disponível para a prefeitura”, pontuou.
Em seu discurso, o governador enumerou diversos projetos de sua gestão, como a criação de 60 Vapt-Vupts, a Renda Cidadã e o Passe Livre Universal, mas, lembrando que a parte Noroeste da capital tem sido seu ponto fraco nas pesquisas eleitorais, ele enfocou nas obras realizadas naquela região. Segundo ele, são 600 km de rede de esgoto implantadas no Noroeste goianiense durante sua administração; e o Hugo 2, construído naquele local, contará com quase 500 leitos, 22 centros cirúrgicos e ala para queimados para atendimento da população. Marconi ressaltou também que são obras suas os viadutos, ruas asfaltadas e o Vapt-Vupt em funcionamento no local. “Se nós perdemos aqui, tenho certeza que é por falta de informação. Dificilmente essa região terá um governo mais comprometido com esta região do que o nosso”, afirmou.
Voltando-se a seus adversários, Marconi criticou proposta de Iris Rezende (PMDB) que recentemente afirmou que aumentará em 50% o efetivo da Polícia Militar, caso eleito. “Tem um candidato que falou que em seis meses ia resolver o problema do transporte em Goiânia. Passaram 12 anos e piorou. Agora esse mesmo candidato disse que no primeiro dia no governo vai aumentar em 50% a quantidade de policiais nas ruas. Ora, se quando foi governo nunca aumentou nenhum e pagava R$ 200 de salário aos policiais, como vai fazer isso de uma hora para outra? Para contratar policiais tem que fazer concursos”, declarou. “Não vou fazer conversa fiada, não vou mentir, não vou fazer demagogia.”
Iris foi lembrado novamente de forma indireta quando o governador listava os motivos para querer ser reeleito. Fazendo referência ao suposto revanchismo do candidato peemedebista, Marconi disse que não quer vencer “por vaidade, para derrotar alguém”, e sim para “continuar o que estamos fazendo bem feito, com competência, honestidade e muito trabalho”.
O tucano aproveitou sua fala para fazer campanha para Aécio Neves, afirmando que foi seu partido, o PSDB, que acabou com a inflação no país, e que fará isso novamente com o seu correligionário na presidência. O candidato ao Senado Vilmar Rocha também recebeu pedido de votos por parte do governador: “Elejam o melhor candidato a senador dessa região inteira. Elejam o homem sensível – não é um homem que briga, que grita, que xinga –, mas que é firme, tem um grande coração, tem grande competência, tem grande talento”, disse. “O senador é quem ajuda o governador, quem ajuda o Estado. Precisamos de um senador que esteja do meu lado”, pontuou.
Já Vilmar Rocha fez duras críticas ao governo federal ao responsabilizar a União pelos problemas na segurança pública. “Vou dar prioridade para mudar as leis da segurança. É preciso cobrar do governo federal que também participe. Hoje o governo federal não participa de quase nada, é só o Estado que investe”, bradou. “Da até tristeza abrir o jornal e ver televisão. Há muita violência, mas isso não é só em Goiás.”
O pessedista também demonstrou confiança quanto à sua vitória. “Eu estou otimista porque nós, da base aliada, temos discurso. Nós temos o que dizer ao povo sobre o que fizemos e o que vamos realizar”, declarou. “Quero continuar esse trabalho de melhorar a vida do povo.”