Gabinete se reunirá com demais prefeitos goianos para continuar articulação em prol do planejamento do retorno às aulas presenciais

Volta às aulas presenciais. | Foto: Governo Federal/reprodução

O Gabinete de Articulação contra os Efeitos da Pandemia na Educação Pública em Goiás (Gaepe-GO) se reuniu, na última terça-feira, 23, com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) com o objetivo de articular a importância de priorizar profissionais da educação na imunização contra a Covid-19. O Gabinete produziu nota técnica, que foi aprovada no dia 18 de março, acerca deste objetivo e seguirá agenda de encontros com demais chefes do Executivo municipais.

Em nota, o Gaepe-GO, que é integrado por tribunais de contas, por ministérios públicos de contas e estadual, pelo Judiciário, pela Defensoria Pública e por gestores e conselheiros da educação, enfatiza a importância de se atribuir precedência aos professores e os demais profissionais da educação básica e superior na vacinação contra o novo coronavírus.

Reunião entre membros do Gaepe-GO e do Paço Municipal. | Foto: Captura de tela do encontro

A definição de prioridade, segundo o documento, deve ser realizada em observação aos parâmetros mínimos fixados no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, mediante identificação daqueles que se realmente enquadram em situações prioritárias e estratificação da ordem de vacinação em grupos preferenciais. Entre eles, professores que participação diretamente na execução das atividades presenciais na volta as aulas presenciais, por exemplo.

Para enfatizar nessa necessidade, o Gaepe-Go relembra o apelo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em favor da priorização da vacinação de professores, que favorece a reabertura das escolas, e a inclusão dos trabalhadores da educação básica e superior na população-alvo da campanha de vacinação contra a COVID-19, realizada pelo Ministério da Saúde este ano.

Volta às aulas presenciais

Em Goiás, as atividades escolares presenciais em instituições públicas estaduais e municipais de ensino se mantém suspensas por decreto desde abril de 2020. No documento, o Gaepe-GO ressalta os desafios enfrentados pelas escolas na oferta de ensino remoto durante a pandemia e a fundamentalidade do planejamento do retorno às atividades presencias na rede pública estadual e municipal, para que esta ocorra de forma segura. E para que esse retorno seja feito de maneira adequada, o gabinete acredita que os profissionais que estiverem na linha de frente precisarão estar imunizados.  

“Conforme manifestação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o longo período de restrição a interações sociais e ao funcionamento dos estabelecimentos de ensino, além de gerar severo impacto psicossocial e socioemocional em estudantes e em trabalhadores da educação, também dificulta a plena garantia do acesso à educação e o atingimento do padrão de qualidade do processo de ensino-aprendizagem, sobretudo em face de crianças e adolescentes em situação de maior vulnerabilidade econômica e social”, justifica o Gaepe-GO, quanto a necessidade de se planejar a volta às aulas presenciais.

Ao fim do documento, o Gabinete ressalta, entretanto, que só deve haver tal prioridade e urgência na reabertura das escolas, ainda que em sistema híbrido, caso as autoridades sanitárias se mostrem favoráveis a isso, e que todos os protocolos de biossegurança sejam implementados nas instituições.