Em pronunciamento no Congresso, Trump deve anunciar revogação do Obamacare
28 fevereiro 2017 às 13h43
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Presidente dos Estados Unidos também deve anunciar aumento do orçamento para a Defesa e cortes relacionados à área do meio ambiente
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará nesta terça-feira (28/2), o seu primeiro pronunciamento em sessão conjunta do Congresso. É esperado que Trump anuncie o aumento do orçamento da Defesa, cortes de verba para a ajuda internacional e o meio ambiente. O anúncio mais esperado, porém, deve ser a controversa revogação e substituição do Obamacare.
A promessa de revogar e substituir a lei da saúde promulgada por Obama em 2010 é mais difícil de ser cumprida do que Trump esperava, conforme ele mesmo admitiu na véspera do pronunciamento.
Apesar de o presidente dizer que ninguém está feliz com o Obamacare, governadores republicanos estão sofrendo pressão para não permitirem que Trump mexa no Medicaid, o programa de seguro federal-estadual para pessoas de baixa renda, que foi expandido em diversos estados. Essa questão, em particular, está causando uma rixa entre republicanos governadores e membros do Congresso.
Ainda não houve a apresentação de uma proposta realista para substituir o plano que oferece cobertura a cerca de 20 milhões de americanos. Trump reuniu-se com governadores republicanos que temem a eliminação do Medicaid. Por outro lado, Paul Ryan, presidente da Câmara de Representantes, e Mitch McConnell, líder da maioria republicana no Senado, tentam convencer o presidente a declarar no pronunciamento seu apoio ao plano que deve ser proposto pelos congressistas republicanos.
O projeto do Partido Republicano, ainda não oficialmente divulgado, pode substituir os subsídios do Obamacare com créditos fiscais menos generosos, aumentar o valor que as seguradoras podem cobrar de idosos, além de eliminar o Medicaid para pessoas de baixa renda.
Uma pesquisa recente da Kaiser Family Foundation indica que o apoio ao Obamacare vem aumentando, com 48% dos americanos tendo uma visão favorável da lei e 42% contra. (Com Agência Brasil)