Nove mil voluntários vão participar de testagem a partir de julho. Se eficácia for comprovada, instituto começará produzir em larga escala no primeiro semestre de 2021

Foto: Reprodução | Dado Ruvic/Reuters

O governador de São Paulo João Doria anunciou nesta quinta-feira, 11, que o Instituto Butantan fechou uma parceria com uma farmacêutica chinesa para testar uma vacina contra o coronavírus no Brasil.

“Hoje é um dia histórico para São Paulo e para o Brasil, assim como pra ciência mundial. O Instituto Butantan fechou acordo de tecnologia com a gigante farmacêutica Sinovac Biotec para a produção da vacina contra o coronavírus”, disse o governador.

De acordo com Doria, 9 mil voluntários vão participar de testagem a partir de julho. Se a eficácia for comprovada, instituto vai receber transferência de tecnologia e começará produzir em larga escala no primeiro semestre de 2021.

O estudo vai custar R$ 85 milhões ao governo de São Paulo. A vacina já está sendo desenvolvida na China.

Metodologia

O coronavírus é introduzido numa célula de macaco, a chamada célula vero, muito usada em vacinas como meio de cultura de multiplicação de vírus. Logo após, o vírus é inativado para não causar Covid-19.

“É uma das vacinas em desenvolvimento em estágio mais avançado do mundo. Ela é promissora, sem dúvida nenhuma. E é por isso que nós estamos realizando esse grande estudo”, afirmou Dimas Tadeu Covas, presidente do Instituo Butantan.

O objetivo de uma vacina é fazer o sistema imunológico reconhecer e reagir contra invasores. Para conseguir isso, existem várias técnicas, uma delas é usar o próprio vírus atenuado.