Em novo julgamento, serial killer cita trechos da bíblia e nega autoria de assassinatos
16 setembro 2016 às 08h56

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Nova sentença contra Tiago Henrique somou 25 anos às penas que, agora, ultrapassam 345 anos. Caso envolve o assassinato um morador de rua em 2012

O serial killer Tiago Henrique foi novamente levado à júri nesta quinta-feira (12/9) pelo homicídio do morador de rua Michel Luiz. Neste 14º julgamento a que foi submetido, ele foi condenado a mais 25 anos de prisão e, agora, já tem penas que somam 345 anos e 10 meses de prisão. Ele tem 14 condenações por homicídio e ainda por roubo e porte ilegal de arma.
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Michel foi morto na madrugada de 12 dezembro de 2012, em Campinas. Ele estava deitado na calçada quando foi atingido por Tiago, que se aproximou de moto e deu um tiro na sua cabeça. O vigilante nega a autoria do crime, mas o exame de microbalística comprovou que a bala era da mesma arma que ele utilizou para vitimar outras pessoas. Imagens de câmeras de segurança também o mostram tanto no local do crime quanto em um ponto onde outro morador de rua foi morto.
Além do homicídio propriamente dito, foram reconhecidas duas qualificadoras: motivo torpe e surpresa. O juiz Eduardo Pio Mascarenhas ressaltou ainda que o fator surpresa, somado ao fato de que a vítima provavelmente dormia no momento do crime, impossibilitaram que ela se defendesse.
Durante seu depoimento, Tiago não só negou a autoria como também recitou trechos da Bíblia: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo” (Isaías 58). (Com informações do Tribunal de Justiça de Goiás).