Em nova denúncia, MPGO acusa João de Deus de estupro de vulnerável a outras seis vítimas
24 julho 2019 às 13h08

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Trata-se da nona ação penal por crimes sexuais contra o líder espiritual protocolada no Fórum de Abadiânia, fora outras duas por posse ilegal de armas
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O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, foi denunciado mais uma vez. Desta vez, o Ministério Público de Goiás (MPGO) apresentou ação em desfavor do médium por estupro de vulnerável a outras seis vítimas, que teriam acontecido na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, durante atendimento individual em sala privativa.
Trata-se da nona ação penal por crimes sexuais contra o líder espiritual protocolada no Fórum de Abadiânia. Também foram apresentadas mais duas ações por posse ilegal de arma de fogo, totalizando 11 denúncias contra o médium.
Os promotores afirmaram que ele utilizava de sua influência para realizar as agressões e minar a vontade das vítimas. Das seis vítimas, cinco são de São Paulo e uma do Rio Grande do Sul. Uma ação civil pública por danos morais também está em andamento.
Em nota a defesa de João de Deus disse que renunciou à causa:
Após sete meses de intensos trabalhos, com a realização de quase uma centena de audiências de norte a sul do Brasil, bem como a impetração e sustentação oral de inúmeros habeas corpus e recursos perante o Tribunal de Justiça de Goiás, o STJ e o STF, a defesa técnica do Sr. João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, renuncia à causa. Por imperativo ético, não podemos declinar as razões. Contudo, reiteramos nossa confiança na inocência do Sr. João e repudiamos a irreparável injustiça de manter preso preventivamente, sem os devidos cuidados médicos, um homem de 77 anos, doente, que ainda aguarda um veredicto sobre as acusações lançadas contra si. Confiamos que em um futuro breve a verdade e a Justiça sejam restabelecidas.
Alberto Zacharias Toron, Alex Neder, Luísa Moraes Abreu Ferreira, Renato Martins, Paulo Sergio Coelho, Giovana Paiva, André Perasso, Eduardo Macul e Robert Koller, advogados.