Cálculo de parlamentares é que a turbulência momentânea pode expor o Paço para investidas dos vereadores

Plenário da Câmara Municipal de Goiânia | Foto: Felipe Cardoso / Jornal Opção

Os debates prometem ser quentes no retorno às sessões ordinárias presenciais na Câmara Municipal de Goiânia, marcado para a terça-feira, 6. As atividades administrativas e legislativas já foram autorizadas pela mesa diretora por meio da portaria 496, de 31 de março de 2021. Com isso, fica permitido o funcionamento dos gabinetes, comissões e setores administrativos, das 7 às 19h, de segunda a sexta-feira.

O retorno às sessões ordinárias acontece em meio à turbulência na gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), com desembarque de 14 secretários ligados ao MDB. Embora os vereadores da sigla já se manifestaram a favor da permanência e devem continuar compondo a base, o desembarque abre flanco para investida dos parlamentares em busca de espaços de negociação junto ao Paço.

Nesta primeira sessão de “retorno”, ainda não há projetos com grande repercussões, que podem provar a fidelidade da base de Rogério Cruz. Mas o cálculo de parlamentares é que a turbulência momentânea pode expor o Paço para investidas dos vereadores, já que precisa reacomodar 16 pastas em uma reforma administrativa forçada.

Aliados avaliam que a base deva chegar a pelo menos 27 nomes, contando com os seis do MDB, que estão com “crédito” com o prefeito. A primeira grande batalha pode ser a aprovação da revisão do Plano Diretor, que está em análise do Paço desde a gestão do ex-prefeito Iris Rezende (MDB) no ano passado, e conta com emedebistas no corpo técnico e no legislativo para avançar.