Em Goiânia, presidenciável Eduardo Campos reafirma que Vanderlan vai acabar com polarização Iris e Marconi

14 junho 2014 às 21h08

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Ex-governador de Pernambuco e sua vice Marina Silva estiveram na capital goiana para evento que oficializou o nome do ex-prefeito de Senador Canedo ao governo do Estado

O presidenciável Eduardo Campos (PSB) classificou a convenção que homologou na tarde deste sábado (14/6) a candidatura de Vanderlan Cardoso (PSB) ao governo de Goiás como a largada para o projeto que irá vencer a polarização entre o governador Marconi Perillo (PSDB) e o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB).
“Ele vai comandar aqui a inauguração de um novo momento da política. Vamos vencer essa polarização e unir o Estado e seu povo em torno de uma agenda renovadora”, pontuou o ex-governador de Pernambuco. As falas vieram durante entrevista coletiva concedida antes do início do evento, no salão nobre Henrique Santillo da Assembleia Legislativa, no Setor Oeste, em Goiânia.
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Segundo o candidato a presidente da República, a eleição dele, de Marina Silva (PSB-Rede Sustentabilidade) e de Vanderlan vai unir o Brasil “por baixo” e aproximar o governo de Goiás ao de Brasília por meio de um programa de desenvolvimento sustentável, com investimentos na saúde e na segurança pública.
Cenário estadual
Campos teceu comentários a respeito dos adversários que Vanderlan irá enfrentar. Para ele, as pesquisas de intenção de votos indicam que os goianos anseiam por um “novo tempo” de gestão e que a polarização “já deu o tinha que dar”, o que se encaixa também ao cenário nacional.
O discurso foi semelhante ao dado quando Campos esteve em Goiânia para participar de debate em evento da construção civil, no dia 23 de maio. Na oportunidade, foi ressaltado que é preciso mudar a cara da política nacional, retirando as velhas raposas do poder, mas mantendo as conquistas e corrigindo os erros e abusos dos antecessores.
Sobre a possibilidade de se fazer dois palanques para PMDB e PSB em sua campanha para a corrida ao Palácio do Planalto, Campos disse não saber dessa hipótese. Contudo, garantiu que sua sigla tem espaço próprio.
Na sequência, falou do insucesso das negociações para que Iris apoiasse o projeto de Vanderlan. Dizendo que entende e respeita a decisão peemedebista, o presidenciável lembrou do pleito de 2010, quando o ex-prefeito de Senador Canedo apoiou Iris no segundo turno. Para o político nordestino, a mesma situação será repetida nas eleições goianas neste ano, mas com Vanderlan aparecendo na reta final.
Panorama nacional
Campos ainda afirmou estar tranquilo diante à disputa com o senador Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) pelo fato de a população brasileira desejar por mudanças. O candidato fez menção ao crescimento gradativo conquistado ao longo dos governos dos ex-presidentes Itamar Franco (filiado ao extinto Partido da Reconstrução Nacional, o PRN), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do qual foi ministro.
Porém, para ele, Dilma piorou a situação na área da economia, saúde e segurança pública do país nos quatro anos de mandato .
No que se trata à alianças, o neto de Miguel Arraes contabilizou cinco legendas para a composição nacional: o PPS, PPL, PHS e PRP — além da Rede Sustentabilidade, que não validou seu registro de criação na Justiça Eleitoral. “Como diz a Marina, estamos aliados com um sexto partido também, que é o povo brasileiro, que está cheio de tanta politicagem e não aguenta mais ver corrupção”, ressaltou.