Em Goiânia, ao menos 85 ônibus foram depredados nas últimas 48h
17 maio 2014 às 14h34
COMPARTILHAR
Neste sábado, os motoristas bloquearam a maioria das garagens e impediram a circulação dos veículos
Um levantamento divulgado neste sábado (17/5) pela Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) apontou que, nas últimas 48h, ao menos 85 ônibus foram depredados em Goiânia. Em um dos episódios, um motorista ficou ferido após ser atingido por uma pedra. Os dados englobam as cinco concessionárias que operam o transporte coletivo em toda Região Metropolitana, incluindo a Metrobus, responsável pela gerência do Eixo Anhanguera.
[relacionadas artigos=”4289,4253,4211″]
Os episódios de vandalismo ocorrem desde a última quinta-feira (15), quando motoristas resolveram paralisar o serviço para forçar nova rodada de negociações por reajuste salarial, o que, por sua vez, ocasionou em protestos por parte dos usuários devido ao atraso das linhas.
Neste sábado, os profissionais bloquearam a maioria das garagens e impediram que os ônibus circulassem. Até o fim da manhã o atendimento foi realizado apenas na linha do Eixo Anhanguera e nas 61 linhas da área Leste da Rede, que inclui o Terminal Senador Canedo, Terminal Novo Mundo e algumas linhas do Terminal Praça da Bíblia.
A Polícia Militar (PM) tenta negociação com os manifestantes na tentativa de fazer a liberação dos veículos, mas, até o momento, sem sucesso.
Desde a noite da última sexta-feira (16), os representantes do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) estão proibidos pela Justiça do Trabalho de realizar os chamados piquetes grevistas, que consistem em tentar impedir que trabalhadores da categoria trabalhem numa espécie de paralisação forçada. A decisão é do juiz Washington Timóteo Teixeira Neto, da 9ª Vara do Trabalho em Goiânia, e acata liminar impetrada pela empresa Rápido Araguaia Ltda.
Em nota, a RMTC alegou que tem feito todos os esforços possíveis e aguarda o conhecimento da decisão liminar pelos manifestantes ainda hoje. A expectativa é que o serviço possa ser normalizado aos poucos e esteja em pleno funcionamento na próxima segunda-feira (19).