Em seu discurso, o presidente ainda mencionou temas como abertura comercial, acordos econômicos e as reformas tributária e administrativa

No discurso de abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU , nesta terça-feira, 22, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a gestão ambiental do país e afirmou que o Brasil é “vítima da desinformação” sobre o Pantanal e a Amazônia. Em sua fala, afirmou que o agronegócio brasileiro “contribuiu para que o mundo continuasse alimentado”.

Segundo o presidente, as frequentes queimadas na região são consequência da ação do “índio e do caboclo, que queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência”. Ainda de acordo com ele, a floresta é úmida, fato que não permite a propagação do fogo de forma natural. “Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação. Mantenho minha política de tolerância zero com o crime ambiental. Juntamente com o Congresso Nacional, buscamos a regularização fundiária, visando identificar os autores desses crimes”, ressaltou. 

O discurso foi gravado na última quarta-feira, 16, e enviado à sede da ONU no dia seguinte já que pela primeira vez em 75 anos, a Assembleia Geral da organização será realizada de forma virtual, em razão da pandemia de covid-19.

Bolsonaro disse também que seu governo vem tomando várias medidas econômicas durante a pandemia de coronavírus, entre elas, segundo ele, a concessão de auxílio emergencial de aproximadamente U$ 1000, afirmação que gerou polêmicas já que pela cotação atual do dólar, o valor de R$ 600 pago no auxílio nos primeiros meses da pandemia equivale a cerca de U$ 110.

Em seu discurso, o presidente ainda mencionou temas como abertura comercial, acordos econômicos e as reformas tributária e administrativa. Ele encerrou seu discurso com um apelo à comunidade internacional pela liberdade religiosa, mas afirmou que o Brasil é um país “cristão e conservador”.